Diversos negócios no Brasil foram prejudicados pela pandemia e as medidas de isolamento que precisaram ser adotadas. As empresas do segmento de atividades físicas e bem-estar foi um dos setores que tiveram suas atividades totalmente paralisadas.
Depois de aproximadamente três meses de quarentena, esses estabelecimentos estão sendo reabertos. Para retomar o funcionamento, a higienização desses ambientes precisarão ser redobradas, assim como a implementação de outras medidas de prevenção.
Apesar do retorno, as academias perderam boa parte de seus ganhos, acumularam dívidas e outras nem sequer conseguiram retomar suas funções, pois não resistiram ao fechamento prolongado.
Acompanhe mais informações sobre os impactos do coronavírus nas academias do país.
Queda do faturamento das academias
Os meses de março a maio marcaram o período de adoção da quarentena como ação principal de contenção dos contágios do novo vírus. Em algumas regiões do país, o isolamento ainda voltou a ser aderido devido a crescente curva de contaminação.
Essa medida impactou diretamente os negócios que foram considerados não essenciais, e que poderiam oferecer um certo risco ao público frequentador. Diante disso, os governadores do país decidiram pelo fechamento das academias por tempo indeterminado.
Essa suspensão de atividades repercutiu negativamente nos orçamentos dessas empresas. De acordo com levantamento feito pela marca de tecnologia EVO W12, esses negócios perderam cerca de 77% de seus lucros, quando comparados com os meses de janeiro, fevereiro e o começo de março, período pré Covid-19.
Além desses prejuízos, a mesma pesquisa indicou que os meses de abril e maio marcaram o período que ocorreu a falência de diversas academias no Brasil. Segundo o EVO, o número de empresas que quebraram foi o triplo do registrado neste período em 2019.
Estados mais impactados
Os estados do país que foram mais impactados no ramo de saúde e bem-estar foram o Rio Grande do Norte, Tocantins, Piauí e Sergipe. As matrículas nesses estabelecimentos caíram para 90%, fora os cancelamentos de planos.
Neste período também foi identificado falta de pagamento das mensalidades. De acordo com a pesquisa de cada dez matriculados, apenas dois se mantiveram arcando com este gasto, mesmo sem utilizar os recursos.
As perdas também alcançaram os trabalhadores dessas instituições, a estimativa é que em decorrência das dificuldades financeiras desses negócios, cerca de 110 mil funcionários serão desligados este ano.
Com a impossibilidade de ir às academias e até mesmo de sair de casa para fazer atividade física, mais uma vez os recursos digitais saíram à frente. Antes da pandemia, já existiam profissionais da área que utilizam a internet como forma de transmitir seus conteúdos. Mas, depois do isolamento social até mesmo os instrutores que só atendiam presencialmente passaram a trabalhar de forma online.
Segundo os profissionais da EVO, foi identificado um aumento de 602% da utilização de treinos remotos pelo público.
Reabertura das academias
Em algumas cidades do país, as academias vêm adotando um sistema rigoroso para levar segurança aos alunos. Afinal, trata-se de um ambiente coletivo, onde há liberação de gotículas e que pode promover a disseminação rápida da Covid-19.
Dentre as medidas adotadas estão o uso de máscara, sanitização diária do espaço, aferição à distância da temperatura corporal dos frequentadores, interdição dos bebedouros e vestiários, além da obrigatoriedade de cadastro prévio para fazer as atividades físicas.
No estado de São Paulo, esses estabelecimentos só poderão funcionar com a lotação de 30% da ocupação máxima compatível com o ambiente. Ainda, deverá respeitar o tempo de funcionamento que será por um período limite de seis horas e sem a permissão de atividades coletivas, segundo o InfoMoney.