Pode demorar um pouco até que uma vacina eficaz contra o coronavírus seja distribuída globalmente, mas os mercados de ações globais voltados para o futuro já estão festejando uma possível conquista.
De acordo com economista-chefe da Apollo Global Management, Torsten Slok, o valor total os ativos em todo o mundo atingiu um máximo histórico de US$ 95 trilhões voltando aos níveis pré-coronavírus.
A última corrida das ações a novos máximos foi desencadeada pela notícia de que a vacina contra coronavírus da Pfizer (PFIZ34) e da BioNTech (B1NT34) era mais de 90% eficaz, muito melhor do que os especialistas em saúde e os mercados esperavam.
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Ações norte-americanas lideram ganhos
As ações dos EUA lideraram os ganhos este ano, com o S&P 500 (INX) eliminando suas perdas com coronavírus em meados de agosto. O benchmark atingiu outro recorde diário de 3.645,99 pontos, impulsionado pela notícia sobre as vacinas contra Covid-19 o que provocou uma grande alta nos ativos cíclicos.
Ainda assim, os maiores impulsionadores por trás da recuperação de sete meses foram as medidas de flexibilização dos bancos centrais. O estímulo fiscal dos governos também é responsável por esta reação, já que ajudou seus respectivos mercados e economias durante a crise do coronavírus.
Os bancos centrais de todo o mundo reduziram as taxas de juros a piso históricos. Em março, nos Estados Unidos, os legisladores aprovaram um pacote financeiro de US$ 2 trilhões em março para combater os prejuízos econômicos da pandemia.
A iniciativa proporcionou aos americanos maiores benefícios de desemprego, cheques de estímulo e outras medidas de ajuda. A previsão é que os parlamentarem aprovem outro acordo de estímulo nos próximos meses, ainda que num montante inferior.
Gigantes de Wall Street elevam projeção para o mercado
Após as grandes notícias da Pfizer sobre vacinas, muitas das principais empresas de Wall Street elevaram suas perspectivas para o mercado de ações, apostando em uma recuperação econômica mais rápida e estável.
Agora, o JP Morgan espera que o índice amplo norte-americano S&P 500 suba cerca de 10% para chegar a 4.000 no início do próximo ano. Já a Goldman Sachs também vê um ganho ao norte de 20% para o benchmark no final de 2021.
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Pandemia ainda pode prolongar seus impactos
A avaliação é que o mercado pode estar se adiantando, já que partes da economia ainda não estão nem perto dos níveis pré-pandêmicos. Por exemplo, apesar de um declínio de quatro semanas consecutivas, os pedidos de seguro-desemprego semanais nos EUA chegaram a 709 mil.
Ao mesmo tempo, o surgimento de novos casos de coronavírus aponta para um inverno rigoroso antes da eventual chegada de uma vacina, o que pode levar meses antes da distribuição em massa.
Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.
Fonte: CNBC News.