Hoje (10), as ações da Embraer (EMBR3) operam em queda de 1,75%, às 14h25, após a fabricante de aeronaves divulgar relatório financeira do terceiro trimestre deste ano.
De acordo com o balanço, a companhia obteve prejuízo de R$ 649 milhões entre os meses de julho e setembro. Com este déficit, a Embraer (EMBR3) já soma rombo de R$ 3,6 bilhões nos noves meses de 2020.
O desempenho negativo é 703,5% superior ao prejuízo acumulado no mesmo período do ano passado, de R$ 3,6 bilhões, quando a fabricante brasileira reportou déficit de R$ 449 milhões.
Embraer (EMBR3) tem demanda afetada pelo coronavírus
De acordo com a Embraer (EMBR3), o prejuízo de R$ 649 milhões é reflexo da forte queda nas entregas de aeronaves, sobretudo de aviões comerciais. Além disso, a sucessiva valorização do Dólar resultou no rombo das finanças da empresa.
Com este cenário, grande parte dos clientes da fabricante pediram pelo adiamento da entrega dos aviões gerando também uma diminuição de 13% na receita da empresa no terceiro trimestre, para R$ 4 bilhões.
Entregas de aeronaves caem 36%
Consoante ao balanço, a fabricante reportou entrega de 21 jatos executivos e 7 jatos comerciais totalizando em 28 jatos, o que é 36% inferior ao volume de entregas obtidos em outros trimestres.
A queda mais significativa indicada no relatório foi referente às entregas de aeronaves comerciais fabricadas em São José dos Campos, em São Paulo, que teve recuo de 70% nesta operação.
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Fabricante fecha parceria com a Porsche (PAH3)
Na tentativa de emergir do rombo bilionário, recentemente a companhia anunciou parceria com a Porsche (PAH3) para lançar o projeto Duet composto por carros esportivos e jatos executivos (Embraer Phenom 300E e Porsche 911 Turbo S) que conterão design compartilhado.
Em 2020, ao contrário da parceira de negócios, a montadora alemã entregou 280.800 automóveis o que equivale uma alta de 10% quando comparado ao ano passado. A empresa também reportou resultado operacional de 4,4 bilhões de euros, salto de 3% sobre o desempenho de 2019.
A combinação de negócios entre as companhias é favorável à Embraer, tendo em vista que a fabricante sofreu perdas significativas após o desfazimento do acordo com a Boeing (BOEI34). Após o episódio, quatro executivos seniores deixaram a fabricante brasileira enquanto o CEO Francisco Gomes Neto traçava uma reestruturação.
