A ZeroAvia, uma empresa que desenvolve tecnologia de hidrogênio-elétrico para mover aeronaves, disse na quarta-feira que arrecadou US$ 21,4 milhões de investidores, incluindo Amazon (AMZN) , Shell (RDSB) e Breakthrough Energy Ventures, uma empresa criada por Bill Gates em 2015.
Ela também garantiu US$ 16,3 milhões do governo do Reino Unido e está fazendo parceria com a British Airways para ajudar a companhia aérea a acelerar a mudança de combustíveis fósseis para hidrogênio para abastecer sua frota.
A ZeroAvia anunciou um novo financiamento de US$ 37,7 milhões em menos de uma semana. O CEO, Val Miftakhov, disse em um comunicado que as conquistas marcantes estão fechando a lacuna para que a indústria aérea comece sua transição para longe dos combustíveis fósseis.
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Hidrogênio é alternativa à emissão de CO2
O CO2 é um dos principais gases que intensificam o efeito estufa, e as companhias de aviação enfrentam grande pressão por parte de ativistas e acionistas para reduzir a emissão de gases nocivos à atmosfera, já que contribui para diversos desastres climáticos relacionados ao aquecimento global.
Um ponto crítico para retirar as emissões de carbono dos transportes aéreos é o hidrogênio combustível, que possui o potencial de redução em até 50% das taxas de CO2 emitidas por empresas de aviação, segundo disse a Airbus (EADSF), que também está atrás da tecnologia.
“Tanto a aviação quanto os mercados financeiros estão acordando para a ideia de que o hidrogênio é o único caminho significativo para voos comerciais em grande escala e com emissão zero”, disse Miftakhov.
ZeroAvia completou o primeiro vôo movido a hidrogênio do mundo, de uma aeronave comercial em setembro, quando um avião de seis lugares decolou de suas instalações de pesquisa e desenvolvimento em Cranfield, Inglaterra, e voou por cerca de 10 a 15 minutos antes de pousar.
ZeroAvia pretende comercializar tecnologia em 2023
A companhia ZeroAvia quer ir ainda mais longe, dizendo na quarta-feira (16) que espera realizar um voo de 250 milhas, aproximadamente a distância entre Paris e Londres, dentro dos próximos três meses.
A empresa planeja comercializar sua tecnologia já em 2023 com voos de até 500 milhas em aeronaves de até 20 assentos, normalmente utilizadas na aviação regional e no transporte de cargas.
A ZeroAvia tem planos ambiciosos para os próximos 10 anos, onde planeja ultrapassar as mil milhas de voo, utilizando aviões com mais de 100 assentos. Miftakhov disse que mais de 10 companhias aéreas estão se preparando para implementar a tecnologia da empresa em 2023.
“O trem de força de emissão zero da ZeroAvia tem potencial real para ajudar a descarbonizar o setor de aviação e esperamos que este investimento acelere ainda mais o ritmo de inovação para permitir o transporte aéreo de emissão zero em escala”, disse o vice-presidente da Amazon (AMZN), Kara Hurst.
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Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.
Fonte: CNN.