Nesta quinta-feira (25), o Banco Central (BC) revisou sua projeção para a economia neste ano e melhorou a estimativa de recuo de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano.
Em junho, a estimativa do BC era de retração de 6,5% no PIB brasileiro. Também, a autarquia revisou a projeção da economia para o ano que vem, que mostrou-se mais otimista que a previsão do governo.
De acordo com o relatório trimestral de inflação divulgado pelo BC, os indicadores econômicos indicam uma recuperação parcial em níveis similares aos apontados em outras economias.
Banco Central aponta recuperação mais rápida da economia
De acordo com a projeção do Banco Central de queda de 5% do PIB, a economia vem se recuperando mais rápido que a dos demais países emergentes.
Segundo o BC, este movimento se deve à recomposição de renda e às demais iniciativas do governo voltadas ao auxílio financeiro da população.
Conforme a instituição, a nova estimativa para o PIB de 2020 levou em conta o crescimento significativo da atividade econômica no terceiro trimestre.
“Apesar do forte recuo da atividade no segundo trimestre, o conjunto de indicadores disponíveis mostra que a retomada da atividade econômica após a fase mais aguda da pandemia […]”, informou a autarquia.
A projeção do Banco Central ainda é menos otimista que a revisão feita pelo Bank of America (BOAC34), de recuo de 4,9% da economia brasileira neste ano.
BC prevê retomada mais lenta no terceiro trimestre
O Banco Central afirmou que mesmo com a economia se recuperando em níveis mais rápidos, o ritmo será reduzido no terceiro trimestre.
A taxa de crescimento será menor em razão da diminuição do valor do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300. Para 2021, a instituição prevê crescimento de 3,9% para o PIB.
Este percentual está acima da projeção do mercado financeiro, que espera por avanço de 3,5% para a economia brasileira no ano que vem.
Autarquia reduz projeção para inflação
Ainda, a autarquia informou que reduziu a projeção para inflação em 2020, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
- IPCA: de 2,4% para 2,1%.
Segundo o BC, a inflação deve avançar no curto prazo. Novamente, a instituição alegou que a alta dos preços dos alimentos contribuem para este movimento.