Os motivos que travam a economia do Brasil são muitos e o surgimento de uma pandemia só veio somar com essas problemáticas. Antes dela, muitos brasileiros estavam com altas expectativas sobre o país.
O sentimento de nacionalismo estava quase aflorando em muitos. Mas o povo, mais uma vez tomou um banho de água fria. Ser brasileiro muitas vezes é estar acostumado a ter pouco e de repente não ter nada. É viver numa constante gangorra onde tem dias de alta e outros de baixa.
Em outra tentativa, o país tenta se recuperar de grandes perdas. Quem acompanha a trajetória econômica do Brasil sabe o quanto ele retrocedeu. Quantos anos demorarão para acontecer a recuperação completa? Essa semana tivemos alguns sinais de esperança. Vejamos.
Barreiras comerciais impedem a economia brasileira. Entenda qual é o atual quadro econômico do país e quais foram as consequências da pandemia para o mercado. Veja também quais foram os fatores positivos da semana.
Impactos nas empresas
Sabemos que o Brasil tem um sistema bastante burocrático e dificultoso para as pessoas que são donas de negócios, principalmente de pequeno e médio porte. Essa tendência de intervenção máxima do Estado tem diminuído aos poucos nos últimos anos.
A cobrança de impostos somada a manutenção de funcionários podem ser cruéis para empresários menores. Com a quarentena, foi necessário interromper as atividades da maioria dos estabelecimentos. Como esperado, a escassez bateu à porta desses empreendimentos.
O Governo Federal tomou algumas medidas para auxiliar este público, suspendendo a cobrança de alguns tributos e até mesmo parcelando outras obrigações fiscais. Mas ainda assim, para um grande número de companhias, a paralisação dos serviços foi fatal.
Atestando isso, segundo reportado pelo site seudinheiro, em maio, os pedidos de falência chegaram a crescer 30%, índice superior ao mês de abril. A expectativa é que o mês de junho seja inferior ao anterior, já que o comércio vem retomando suas atividades.
Indústrias mais sensíveis
O setor industrial é o carro chefe de grandes países, no Brasil essa atividade é fundamental para a economia e o seu desenvolvimento. Depois do registro de um retrocesso significativo no PIB brasileiro, foi a vez da queda de 18,8% das produções industriais.
O relatório informado no mês de maio é referente ao período de abril, o qual ficou integralmente emergido na quarentena e no trabalho de prevenção contra o vírus. Os dados informados pela página do IBGE confirmam as barreiras no crescimento da economia.
Foi ressaltado que a porcentagem citada não é vista há quase 20 anos e que o cenário industrial é extremamente preocupante. No entanto, ao mesmo tempo que existe este resultado negativo no setor, as ações começaram a reagir no começo da semana.
A alta da Ibovespa e a queda dólar contradizem as informações prestadas até mesmo por profissionais do mercado. Porém, é perceptível a volatilidade do panorama financeiro e até o momento, infelizmente, as certezas atuais estão relacionadas às perdas e não aos ganhos.
Problemas sociais e cenário político
Apesar de pontos isolados de otimismo para a economia brasileira, ainda existem discussões que nos alertam de como a situação merece ser analisada com cautela. Uma delas é que o Brasil é um país de alto índice de desigualdade social, e daqui em diante isto estará mais evidente.
Essa diferença gritante entre as classes brasileiras é reflexo claro do nosso baixo resultado de Produto Interno Bruto. Sem contar a característica de longa data de possuir um grande déficit na distribuição de renda nas camadas sociais.
De acordo com apontamentos dos economistas no site G1, o Brasil tem uma grande missão pela frente: combater uma pandemia, recuperar a economia, promover assistência ao público carente e restabelecer a ordem política.
Quanto ao cenário político, ao que parece, a tensão entre os poderes públicos e o Presidente de República estão diminuindo. Uma divisão entre os pilares que sustentam o país é totalmente incabível e inviável em momentos de crise.
Apesar das más notícias e o momento de instabilidade no Brasil, é preciso ter esperança. E colocar em prática o lema que carregamos com tanta autoridade em tempos de futebol: “Sou brasileiro e não desisto nunca”. Que esta afirmação se materialize no processo de reconstrução econômica.