A evidência da mudança climática, desde registros de temperatura global ao degelo do Ártico, incêndios florestais, furacões e inundações, está se acelerando. Assim, o mesmo ocorre com a pressão de investidores sobre as empresas.
Na semana passada, a Exxon Mobil (XOM) foi alvo de investidores ativistas, assim como o CalSTRS, um dos maiores fundos de pensão dos EUA. O fundo de pensão de US$ 226 bilhões anunciou um plano para potencialmente se desfazer de ações de petróleo e gás nos próximos anos.
O maior gestor financeiro do mundo, BlackRock (BLK), divulgou uma atualização de sua abordagem para se envolver com empresas, indicando que estará mais inclinado a votar a favor das resoluções dos acionistas e contra os conselhos de administração das empresas.
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Apoio da BlackRock (BLK) representa importante mudança
Apesar de que a mudança de estratégia da BlackRock (BLK), pareça a mais mundana entre as recentes ações climáticas no mercado, especialistas em investimentos dizem que antes das reuniões anuais de acionistas em 2021, o fundo de US$ 7 trilhões da BlackRock representa uma mudança importante.
“Já falamos sobre isso há 20 anos e algumas das mudanças que vimos esta semana foram diferentes de tudo o que vimos antes”, disse Mindy Lubber, CEO e presidente da Ceres, uma organização sem fins lucrativos de sustentabilidade que trabalha com investidores em mudanças climáticas.
Consórcio se compromete a zero carbono
A Ceres anunciou esta semana um consórcio de investidores que administram US$ 9 trilhões em ativos, e que se comprometeram a investir em redes com metas de zero emissão de carbono.
Embora não faça parte da nova coalizão de investidores de zero emissão de carbono, as decisões da BlackRock (BLK) influenciam outros investidores e corporações com seus US$ 7 trilhões em ativos por conta própria.
Especialistas vêm criticando posicionamento da BlackRock (BLK)
Um porta-voz da BlackRock (BLK) minimizou a importância de seu novo relatório no início desta semana, mas especialistas em investimentos de impacto dizem que é significativo e deve levar para mais ações que refletem as palavras fortes do CEO Larry Fink sobre o clima.
Em janeiro o CEO da BlackRock (BLK), Larry Fink, redigiu uma carta aos acionistas da companhia dizendo que a mudança climática se tornou um fator determinante nas perspectivas de longo prazo das empresas.
Especialistas de investimento de impacto têm criticado a empresa nos últimos anos por um fraco histórico de votos nas resoluções dos acionistas, já que a BlackRock e a Vanguard, duas maiores empresas de fundos, ficaram perto da última posição de apoio aos acionistas no grupo dos 50 maiores gestores de ativos nos últimos anos.
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Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.
Fonte: CNBC.