A Boeing (BOEI34), fabricante americana de aeronaves, novamente relatou queda nos pedidos e entregas de aeronave, dessa vez referente ao mês de setembro.
Os problemas da indústria aérea continuam afetando a companhia que recentemente comunicou corte das expectativas para a demanda de novos aviões comerciais.
Ainda, a empresa declarou que o setor de aviação poderá levar anos para retomar os patamares anteriores à pandemia do coronavírus.
Boeing (BOEI34) entrega menos de um terço de aeronaves em 2020
A Boeing (BOEI34) informou que entregou 11 jatos comerciais em setembro , três dos quais eram cargueiros e um avião de passageiros para militares.
Com esses dados, a empresa indica entrega de apenas 98 aeronaves comerciais este ano o que representa menos de um terço do volume de entregas realizadas durante os nove meses de 2019.
É válido ressaltar que esses números são vitais para a fabricante já que a maior parte da receita da empresa é percebida pelos pagamentos dos clientes no momento da entrega dos aviões.
“Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com nossos clientes em todo o mundo, entendendo suas necessidades de frota de curto e longo prazo, alinhando oferta e demanda enquanto navegamos no impacto significativo que esta pandemia global continua a ter em nossa indústria“, disse Greg Smith, CFO da companhia.
Fabricante tem mais de mil pedidos de unidades comprometidos
Além do baixo número de entregas, a Boeing (BOEI34) também registrou o cancelamento de 229 jatos até então, sendo a maioria referente ao modelo 737 Max.
O avião rendeu à companhia uma ação no tribunal de Delaware movida por acionistas da Boeing (BOEI34) que alegaram negligência do conselho de administração nos acidentes fatais em 2016 e 2019.
Conforme a fabricante, só neste ano o prejuízo foi de 1.050 pedidos de aviões perdidos ou considerados como incertos.
Enfim, a empresa informou que pretende consolidar a produção de seu avião mais lucrativo, o 787 Dreamliner, em suas fábricas. A marca também está em processo de demissão de pessoal visando o corte de gastos.