A C&A Modas (CEAB3) reportou prejuízo de 192 milhões de reais no segundo trimestre de 2020 revertendo lucro de 25,7 milhões de reais obtido em 2019, conforme relatório financeiro divulgado pela empresa.
O baixo desempenho foi consequência do impacto do coronavírus, que levou ao fechamento obrigatório de todas as lojas da marca durante a quarentena.
Apesar do déficit registrado, especialistas da Mirae Asset e Guide Investimentos apostam na recuperação da C&A (CEAB3) tendo em vista que 85% das filiais da marca já foram reabertas.
Confira o resultado de uma das maiores redes de lojas de departamento do país.
Receitas da C&A são atingidas pela Covid-19
Apesar da C&A (CEAB3) ter intensificado sua atuação no e-commerce, a participação maior da empresa é no comércio presencial. Com o fechamento das lojas, em razão da Covid-19 e medidas de isolamento social, as receitas de diversos departamentos despencaram incluindo os serviços financeiros em parceria com Bradescard.
- Receita com vestuário: queda de 79,7%;
- Venda de acessórios e eletrônicos: recuo de 65,7%;
- Serviços com Bradescard: baixa de 4%, para 16 milhões de reais;
Empresa reduz despesas operacionais
Como forma de equilibrar as perdas nas receitas, a empresa reduziu os gastos por meio de ajustes nos aluguéis, suspensão de contratos de trabalho e redução de jornada laboral, conforme a flexibilização temporária prevista em lei.
- Despesas operacionais: redução em 29,2%, para 387,7 milhões de reais.
C&A (CEAB3) reverte lucro Ebitda em prejuízo milionário
Mesmo com a redução das despesas operacionais, o balanço da C&A indicou forte perda do lucro Ebitda (lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização), fechando o segundo trimestre em negativo.
- Ebitda: prejuízo de 115 milhões de reais, ante lucro de 203,1 milhões em 2019.
- Margem Ebitda: baixa de 55,7 pontos percentuais, a – 38,7%.
Especialistas apontam valorização das ações C&A (CEAB3)
De acordo com os analistas do BTG Pactual (BPAC11), as ações da C&A (CEAB3) podem apresentar ganhos nos próximos meses, tendo em vista que a marca está passando por um processo de digitalização de suas operações.
Com o salto de 356% nas vendas online, os profissionais acreditam que a expansão no marketplace podem resultar em ganhos no mercado financeiro, surpreendendo os investidores.