Cielo (CIEL3) tem prejuízo de R$75,2 milhões no segundo trimestre

No último relatório divulgado pela Cielo (CIEL3), os números apontaram que a empresa de serviços financeiros teve perda de 75,2 milhões de reais em seu faturamento líquido entre os meses de abril e junho deste ano.

Este prejuízo se contrapõe ao lucro líquido de 438 milhões de reais obtido pela companhia no mesmo período em 2019. No primeiro trimestre de 2020, a Cielo (CIEL3) obteve 166,8 milhões em receita.

O lucro operacional bruto registrado no segundo trimestre foi de 236 milhões de reais indicando um recuo de 69,7% do valor demonstrado no mesmo período no ano anterior, que foi de 778 milhões de reais.

Cielo (CIEL3) tem prejuízo de R$75,2 milhões no segundo trimestre
Fonte: (Reprodução/Internet)

Veja quais fatores determinaram a perda na lucratividade da empresa de serviços financeiros.

Isolamento social afetou os ganhos

A Cielo (CIEL3) informou junto com a divulgação do relatório de desempenho, que o isolamento social promoveu a redução do fluxo de caixa da empresa. Além disso, os impactos da pandemia levaram a realização de descontos e isenção na cobrança de aluguéis aos clientes.

A instituição divulgou que o seu lucro operacional líquido foi reduzido em razão do coronavírus que influenciou diretamente na redução do consumo dos brasileiros, público responsável em grande parte pela lucratividade da Cielo (CIEL3).

Outros serviços da companhia foram atingidos como as operações referente ao arranjo do Ourocard e a recarga de celular da M4U, companhia controlada pela Cielo (CIEL3). Também foi identificado pela marca queda no mix do perfil da base de clientes.

Medidas adotadas pela empresa

A empresa fez reserva de 24,9 milhões de reais como forma de proteção ao caixa, caso ocorressem inadimplência ou atrasos no pagamento por parte dos clientes. Segundo a companhia, esta estratégia será mantida enquanto perdurarem os reflexos da crise do coronavírus.

Cielo (CIEL3) tem prejuízo de R$75,2 milhões no segundo trimestre
Fonte: (Reprodução/Internet)

A Cielo (CIEL3) informou que vem adotando medidas para adaptar o sistema de capital e custos para o atual panorama da economia. A empresa não descartou a possibilidade de uma nova onda de isolamento social e afirma que está apta para administrar seus fundos independente do cenário.

Reação no mercado acionário

Após a demonstração do desempenho no segundo trimestre, as ações da Cielo (CIEL3) caíram 6,30% a R$4,91 por papel. Os prejuízos registrado estavam abaixo do previsto pelo banco suíço Credit Suisse (CSGN), que estimo faturamento líquido de 8 milhões de reais, conforme o Money Times.

Por outro lado, o banco esperava um recuo de 28% no volume das transações financeiras, mas o apontado no relatório foi retração de 22,2% resultando na movimentação de 127, 9 bilhões de reais.

Apesar da redução deste fluxo ter sido abaixo do esperado, outros setores da empresa tiveram forte queda como por exemplo as transações da parceria entre Cielo (CIEL3) e Banco do Brasil (BBAS3), que tiveram perda de 67% nos lucros, informou os executivos Felipe Cheng e Daniel Ferdele .

A desvalorização dos ativos ocasionou na desmotivação dos investidores que, segundo os profissionais do mercado acionário, esperavam o lucro de 64 milhões entre os meses de abril e junho.