Contração do comércio já é mais alta em 5 anos

As afetações causadas pela pandemia levaram tempo para serem convertidas. Nem mesmo grandes potenciais mundiais como China e Estados Unidos saíram ilesas do prejuízos causados na economia.

A perspectiva de uma futura recuperação é de lentidão, principalmente em países em desenvolvimento e os considerados emergentes. As marcas da crise já eram esperadas e foi alertado até mesmo pela Organização Mundial do Comércio.

No mês de maio o diplomata Roberto Azevêdo já chamava atenção para uma queda de 32% do comércio do mundo no ano de 2020. E estes dados pioraram com o relatório das instituições financeiras internacionais.

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Fonte:(reprodução/internet)

Contração do comércio já é mais alta em 5 anos. Entenda as previsões anunciadas e saiba como ficará a situação do Brasil diante de uma crise mundial. Especialistas alertam quanto a elaboração de diretrizes para conter o agravamento dos impactos.

Previsão de recuo do mercado brasileiro

Um reflexo da crise mundial e das tensões internas no Brasil é a apresentação do alto índice de queda em sua economia. A previsão é que o setor recue em 5,2% este ano, este é o panorama global.

A contração do comércio no país é consequência de instabilidade de todos os cenários. De acordo com dados do Banco Central, a queda desta atividade é de 6,48%. Os economistas da instituição estão de olho nas atualizações do Brasil e fazendo as análises delas no mercado financeiro.

Antes do novo vírus surgir, a perspectiva era de crescimento na economia brasileira, de pelo menos 2,30%, mas desde fevereiro o setor vem sofrendo inúmeras baixas de acordo com a página InfoMoney.

Recuperação lenta na economia

Existe um fator que colabora para a recuperação lenta da economia como um todo, o embate entre China e Estados Unidos. Segundo economistas, caso a trégua não seja estabelecida, este evento somado à pandemia poderá causar estragos no comércio mundial.

Com o dado apresentado de queda no mercado de mais de 6%, a conversão do prejuízo deve ser de no máximo 5,2% no ano que vem. O El País informa que as atuais estimativas são instáveis devido a ausência de uma vacina contra o novo vírus.

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Fonte:(reprodução/internet)

Dessa forma, as estimativa ainda podem ser precipitadas diante do panorama de improbabilidades, já que a qualquer momento pode acontecer uma nova desestabilização. Caso ocorra outra onda de contaminação, a previsão é que a recuperação caia para 2,8%.

No cenário de países em desenvolvimento e emergentes, o Brasil está com as piores previsões. Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, o PIB do país poderá encolher até 7,4% ainda em 2020.

Brasil perde preferência em relações comerciais

A semana não tem sido boa para o Brasil. Após a China enfraquecer as relações comerciais com os Estados Unidos, ela tem procurado mercados alternativos. Tudo indica que a nova parceira é a Argentina.

Os produtos como soja e carne bovina eram negociados com os norte-americanos, mas diante das tensões entre os líderes do governo chinês e norte-americano, a parceria foi abalada. De acordo com dados recentes, a Argentina exportou para China cerca de 506 milhões em mercadorias.

O Brasil, que era o parceiro nº1, apareceu em segundo lugar nas relações de mercado com a Argentina, com exportações computadas em 387 milhões de dólares. Indicando uma baixa de 57,3% nesta operação. Para profissionais do mercado, a relação China-Argentina deve permanecer.

Isto porque o país asiático tem interesse em conquistar o topo das transações comerciais no mundo. Logo, diante da profunda crise que o país sul-americano vem enfrentando, esta é a oportunidade perfeita para os chineses e para uma eventual recuperação econômica da Argentina.