O CEO da Moderna (MRNA), fabricante de vacinas contra a Covid-19, alertou na quarta-feira(14) que o coronavírus, que paralisou as economias mundiais e gerou hospitais lotados, provavelmente existirá para sempre.
Autoridades de saúde pública e especialistas em doenças infecciosas disseram que há uma grande probabilidade de que a Covid-19 se torne uma doença endêmica, o que significa que estará presente nas comunidades o tempo todo, embora provavelmente em níveis mais baixos do que agora.
O CEO da Moderna (MRNA), Stephane Bancel, pareceu concordar na quarta-feira que a Covid-19 se tornará endêmica, dizendo que o SARS-CoV-2 não vai desaparecer.
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Bancel disse que observação de variantes deve ser contínua
Durante um painel de discussão online na conferência JPMorgan (JPM) Healthcare, Stephane Bancel declarou que “nós vamos viver com esse vírus do SARS-CoV-2, pelo que pensamos, para sempre”.
As autoridades de saúde terão que observar continuamente novas variantes do vírus, para que os cientistas possam produzir vacinas para combatê-las, disse ainda ele, durante a conferência.
Pesquisadores em Ohio disseram na quarta-feira que descobriram duas novas variantes provavelmente originárias dos EUA e que uma delas rapidamente se tornou a cepa dominante em Columbus, Ohio, durante um período de três semanas no final de dezembro e início de janeiro.
Os pesquisadores da Pfizer (PFE) disseram que sua vacina desenvolvida com a BioNTech (BNtX) parecia ser eficaz contra uma mutação chave na cepa do Reino Unido, bem como uma variante do coronavírus encontrada na África do Sul.
Outros coronavírus já são endêmicos
A vacina da Moderna (MRNA) foi autorizada pela Food and Drug Administration para uso em americanos com 18 anos ou mais. Estudos adicionais ainda precisam ser concluídos em crianças, cujo sistema imunológico pode responder de forma diferente às vacinas que o de adultos.
As autoridades americanas estão correndo para distribuir as doses das duas vacinas, mas provavelmente levará meses antes que os EUA possam vacinar pessoas suficientes para obter imunidade coletiva, o que significa que o vírus não terá hospedeiros suficientes para se espalhar.
Ainda assim, Bancel disse na quarta-feira que espera que os Estados Unidos da América sejam um dos primeiros grandes países a obter proteção suficiente contra o vírus, uma vez que possui as taxas mais altas de contágio de todo o mundo.
Já existem quatro coronavírus endêmicos em todo o mundo, mas eles não são tão contagiosos ou tão mortais quanto a Covid-19, de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
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Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.