Dólar diminui avanço com intervenção do Banco Central

Na quinta-feira (20), o Banco Central interferiu no mercado de câmbio e freou o avanço do Dólar, que chegou perto dos patamares máximos com tensão no âmbito político do país.

Antes da iniciativa do Banco Central, a moeda americana operava em forte alta após o Senado Federal decidir pela derrubada do veto de Bolsonaro e com a possibilidade de rombo de 120 bilhões nos cofres públicos.  

Com investidores temerosos e de olho nas contas da União, o Ibovespa (IBOV) apresentou queda na maior parte do pregão, mas teve sutil recuperação com decisão da Câmara dos Deputados favorável à decisão do presidente da república. 

Dólar diminui avanço com intervenção do Banco Central
Fonte: (Reprodução/Internet)

Entenda a estratégia utilizada pelo Banco Central do Brasil para conter o avanço do Dólar. 

Banco Central usa estratégia de controle cambial 

Com o dólar em alta de 2,59%, sendo cotado a 5,674 de reais, o Banco Central promoveu dois leilões de contratos de swap cambial com venda de mais de 1 bilhão de dólares à vista durante as sessões. 

O Banco Central utiliza as operações com contratos de swap cambial como estratégia para promover o controle da desvalorização do Real perante o Dólar, que vem apresentando sucessivos ganhos nos últimos dias. 

Após aproximadamente três meses de paralisação, o BC retomou as operações através de oferta líquida de swap cambial feita na semana passada. 

O volume de Dólar movimentado no leilão da quinta-feira (2) foi o maior desde abril, mês que marcou a destinação de 2,175 bilhões de dólares pelo BC em negociações de spot de moedas. 

Moeda americana com avanço menos agressivo 

Após a intervenção do Banco Central, a moeda americana registrou avanço menos agressivo saindo da alta de mais de 2% para valorização inferior de 0,24%, cotada a 5,544 reais. 

De acordo com Sergio Goldenstein, ex-chefe de departamento da instituição, o BC agiu corretamente realizando os leilões de contratos de swap cambial. Para ele, quando o banco interfere no mercado ele não pode recuar.

Diante desta jogada estratégica do Banco Central, os investidores seguem atentos à volatilidade do Real que segue como a moeda emergente mais volátil do mercado conforme apontam especialistas.