Dólar sobe com tensão sobre a pandemia

Hoje (19), o Dólar avançava enquanto o otimismo do mercado com notícia sobre vacinas contra Covid-19 perdia espaço para o temor sobre a segunda onda da pandemia global. 

A moeda americana volta em alta após atingir seu menor valor em dois meses, quando a cotação ficou a R$ 5,231. Na última terça-feira, o Dólar protagonizou queda de 1,97%. Para R$ 5,330.

No mesmo dia, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o Ibovespa (IBOV), fechou em alta de 0,77%, aos 107,248,63 pontos. A desvalorização do Dólar e o aumento de liquidez no mercado doméstico colaboraram para este cenário.  

Dólar sobe com tensão sobre a pandemia
Fonte: (Reprodução/Internet)

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Dólar tem leve alta com avanço do coronavírus

Às 9h28, a moeda americana operava em alta de 0,25%, a R$ 5,3542. No mês de novembro o Dólar soma recuo de 6,92%, mas no acumulado durante o ano tem valorização de 33,20% até o momento. 

Apesar da moeda estar distante de sua cotação máxima de maio, a R$ 5,90, as notícias apontando uma disseminação rápida da Covid-19 pode ameaçar o controle cambial. Nos EUA e na Europa, os governos retomaram os lockdowns e outras medidas de restrição.

Enquanto no Brasil, o Ministério da Saúde informou que o número de mortes chegou a 164.455 bem como que foram registrados 34.091 novas infecções. 

Banco Central faz leilão de swap  

Para esta quinta-feira, o Banco Central irá realizar leilão de swap com até 12 mil contratos a vencer o ano que vem, nos meses de abril e agosto. A estratégia cambial é utilizada pela instituição na tentativa de reduzir a desvalorização do Real frente o Dólar.

Dólar sobe com tensão sobre a pandemia
Fonte: (reprodução/Internet)

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Investidores voltam a temer teto fiscal 

Também no radar dos investidores está o teto de gastos. Recentemente o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que a forma mais fácil de superar os gastos emergenciais com a pandemia seria um eventual furo fiscal. 

Entretanto, Guedes afirmou que a iniciativa seria uma irresponsabilidade com as futuras gerações e que o governo não tomaria esta decisão. 

Desse modo, a incerteza sobre as contas públicas somada à taxa básica de juros baixa e ao crescimento lento da economia resultam numa valorização disparada do Dólar e no recuo da moeda brasileira.