Na última quinta-feira (3), o Facebook (FBOK34) foi acusado pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos de discriminar trabalhadores norte-americanos. O órgão alegou que a rede social deu preferência para candidatos estrangeiros com vistos H-1B.
Conforme o departamento, a empresa de Mark Zuckerberg se recusou a selecionar trabalhadores qualificados e nascidos no país para ocupar mais de 2.600 vagas. Segundo a Reuters, o salário médio pago pela marca é de US$ 150 mil por ano.
Ao invés disso, a marca teria escolhido oferecer as vagas para trabalhadores temporários. Hoje, um dia após a notícia, as ações do Facebook (FB) caem 0,43% no Nasdaq (IXIC), às 14h48 (horário de Brasília).
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EUA alega que Facebook patrocinou estrangeiros
O Departamento de Justiça dos EUA afirmou que o Facebook ajudou estrangeiros com vistos temporários a conseguirem a residência permanente no país.
Isto porque, segundo o órgão, a companhia contratou intencionalmente trabalhadores de fora dos EUA e descartou nativos como candidatos para os empregos.
No entanto, o Facebook rebateu a alegação de discriminação. Daniel Roberts, porta-voz da rede social, declarou que a empresa está cooperando com o governo para que o procedimento de contração seja revisado.
Acusação fomenta discussão sobre as normas
Essa não é a primeira vez que as normas que regem o procedimento de visto levantam críticas nos EUA. Há algum tempo, o público vem alegando que as atuais leis facilitam a substituição de trabalhadores americanos por candidatos de fora do país.
Ainda, contratar profissionais de outros países é mais econômico para as empresas já que normalmente eles são menos valorizados. O visto H1-B é comumente utilizado pelo ramo de tecnologia para contratar estrangeiros altamente especializados.
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