Na última quarta-feira (4), os grupos Sabin e Fleury (FLRY3), companhias brasileiras que atuam no ramo de medicina diagnóstica, anunciaram a criação de fundo de R$ 200 milhões, o Kortex Ventures, para investimento em startups.
Conforme as empresas detentoras de mais de 551 unidades laboratoriais no Brasil, o objetivo da iniciativa é fomentar a descoberta de inovações para a área da saúde e criar sinergia com suas atuais operações.
O pronunciamento foi bem recebido pelo mercado já que, no pregão desta quinta-feira, as ações do Fleury (FLRY3) chegaram a disparar 6,25%, a R$ 28,88, sendo um dos destaques do Ibovespa (IBOV).
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Fleury (FLRY3) e Sabin investem em inovação
De acordo com o presidente do Fleury (FLRY3), Carlos Marinelli, em entrevista ao Estadão, a inovação tem se tornado uma cultura colaborativa e este conceito não pode ser trabalhado apenas em laboratórios. Por isso, a criação do novo fundo de investimento.
O executivo afirmou que os grupos se complementam e possuem afinidade para realizar o projeto. Até então, o Fleury (FLRY3) será dono de 70% do capital do Kortex, enquanto o Sabin irá possuir 30%.
Para a presidente do Grupo Sabin, Lidia Abdalla, a intenção do fundo de R$ 200 milhões é, além de atrair startups pelo capital, despertar nessas instituições o interesse em conhecer as duas empresas. Lidia declarou que a união pode ser um atrativo para os investidores.
Kortex não abrange apenas startups de saúde
Os grupos empresariais afirmaram que o fundo milionário não irá alcançar apenas os investimentos para startups da área da saúde. Outras empresas podem ser avaliadas para aplicações.
“Se encontrarmos uma empresa de educação que tenha sinergia com a saúde e com o que fazemos, pode fazer sentido”, disse Carlos Marinelli.
Por fim, esses investimentos irão ser centralizados em medicina personalizada, medicina diagnóstica e saúde digital utilizando tecnologias como análise de dados e inteligência artificial.