Conforme levantamento do Centro de Estudos em Finanças da Fundação Getulio Vargas (FGVcef), os fundos de ações e multimercados terão taxas de administrações mais baratas nos próximos anos.
Também, a pesquisa apontou que a participação dos pequenos investidores será maior nesses ativos em cinco anos. Estes dados foram colhidos de 12 administradores de instituições financeiras do Brasil.
Os pequenos investidores, também conhecidos como investidores de varejo, estão mais atuantes no mercado financeiro. A última conquista desse público foi a possibilidade de investir em empresas do exterior por meio dos BDRs.
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Taxas dos fundos serão menores para 67% do analistas
Conforme a pesquisa, 67% dos profissionais entrevistados acreditam que as taxas de administração dos fundos serão menores puxados pela baixa da Taxa Selic.
O movimento citado será semelhante ao percurso dos fundos DI e de renda fixa, que tiveram esses valores reduzidos com a taxa básica de juros a 2%.
Segundo um dos analistas, as taxas de administração dos fundos de ações e multimercados devem seguir o nível do exterior, que é de no mínimo 1% a 1,5%.
O estudo aponta que este percentual é mais voltado para os multimercados que tem como referência de rentabilidade o CDI.
Pequenos investidores irão retomar participação em fundos
Em 2010, a atuação dos investidores de varejo nos fundos de ações e multimercados cresceu 30%. Na comparação com os dias atuais, esse percentual teve queda de 11%. Entretanto, mais da metade dos entrevistados pela FGVcef apontou que essa participação deve avançar nos próximos cinco anos.
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Poucas empresas para muita demanda
Os fundos de investimentos podem enfrentar alguns empecilhos de crescimento tendo em vista que, atualmente, apenas 350 empresas estão com ações listadas na Bolsa de valores brasileira.
Enquanto isso, o mercado conta com mais de 600 gestoras de ativos o que revela um desequilíbrio de muita demanda para poucas ações.
Com este cenário, os profissionais apontam suas apostas para os próximos anos no mercado de renda fixa. Conforme 80% dos entrevistados, os debêntures serão os títulos com maior crescimento nos próximos anos.
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