Conforme dados da Comissão de Valores Mobiliário (CVM), os fundos de criptomoedas apresentaram crescimento neste ano seguindo o avanço do mercado de ativos virtuais de um modo geral.
Com base nos números da instituição, no ano passado cinco fundos vinculados aos criptoativos registraram cerca de 1,3 mil investidores e patrimônio líquido de aproximadamente 26 milhões de reais.
Já em junho de 2020, este mercado indicou alta significativa com nove fundos de criptomoedas com 7,4 mil gestores e patrimônio de 130 milhões de reais.
Acompanhe os últimos dados dos fundos de moedas digitais.
Fundos de criptomoedas saltam em setembro
De acordo com a CVM, os fundos de criptomoedas, que chegaram a subir 85% no primeiro semestre, saltaram em setembro deste ano tanto em número de cotistas como em patrimônio líquido, este último com alta de 77,5% quando comparado aos registros de junho.
- Número de investidores: 14,3 mil;
- Patrimônio líquido: 230,7 milhões de reais.
Apesar do crescimento nos últimos meses, o valor integral do patrimônio não é direcionado às moedas digitais devido às regras da CVM. A instrução 555/2014 da comissão prevê que os pequenos investidores devem respeitar o limite de recursos aplicados em renda variável.
Isto significa que esses gestores só podem ter 80% do patrimônio investido em renda fixa e 20% em renda variável abrangendo os fundos de criptomoedas. Logo, do montante total de recursos dos ativos virtuais apenas 161,2 milhões de reais correspondem aos fundos.
Criptoativos se popularizaram no Brasil
Os dados referentes a este ano indicam que o mercado de criptoativos tem se tornado cada vez mais popular no Brasil. O retorno dos ganhos com esses investimentos fora do país trouxe visibilidade dessas aplicações no cenário doméstico.
De acordo com especialistas, os preços dos ativos digitais subiram no exterior chamando a atenção do público brasileiro. Também, a valorização significativa desses investimentos e sua atuação como forma de proteção às oscilações cambiais atraíram os investidores do país.
Pandemia impulsiona ativos digitais
Além da retomada dos ganhos no exterior, as moedas cripto mostraram-se atrativas durante a pandemia. Isto porque os investimentos de modo geral sofreram queda, mas os ativos digitais apresentaram rápida recuperação diferente dos demais.
Ainda, os cortes sucessivos da Taxa Selic no país em razão da crise do coronavírus levaram os investidores a procurar opções mais arriscadas e que oferecessem maior chance de retorno. Com isso, o público passou a diversificar seu portfólio de ativos expondo-se aos riscos.
Rentabilidade do fundos cripto em 12 meses
- Média dos fundos: 46,47%;
- Média dos fundos 100% cripto: 74,56%;
- Média dos fundos mistos: 18,38%.
Os fundos 100% cripto mostraram maior rentabilidade, já os investimentos atrelados ao CDI indicaram retorno de 3,85% enquanto o Ibovespa (IBOV) apresentou o baixo desempenho de 1,04%.