Segundo as autoridades americanas, o Goldman Sachs (GSGI34), além de responder por violação de lei anticorrupção nos EUA, concordou em pagar mais de US$ 2,9 bilhões aos órgãos reguladores em todo o mundo, para resolver investigações em escândalo financeiro internacional.
A empresa controladora do banco celebrou acordo de ação penal, em conjunto com o Departamento de Justiça dos EUA, que deve permitir que a companhia evite a saída de algumas operações comerciais.
Na quinta-feira (21), a subsidiária do banco na Malásia confessou seu papel na polêmica do 1MDB, admitindo ter conspirado para violar lei contra práticas de corrupção no exterior.
Goldman Sachs (GSGI34) é acusado de roubar bilhões do 1MDB
O acordo do Goldman Sachs (GSGI34) com as autoridades internacionais resolve um problema que pesa sobre o atual CEO David Solomon desde que assumiu o cargo de seu antecessor Lloyd Blankfein, há dois anos.
O banco sediado em Nova York foi acusado de ajudar o empresário malaio Low Taek Jho a roubar bilhões de dólares do fundo de desenvolvimento de US$ 6,5 bilhões do 1 Malaysia Development Berhad (1MDB), dinheiro que supostamente ajudaria a construir a economia do país.
Em vez disso, os fundos do 1MDB foram supostamente usados pelo financista malaio Low Taek Jho para financiar uma onda de gastos , incluindo um iate de US$ 250 milhões, uma participação no filme de Martin Scorsese “O Lobo de Wall Street” e propriedades em todo o mundo.
Entre 2012 e 2013, os banqueiros do Goldman (GSGI34) levantaram cerca de US$ 600 milhões em taxas para facilitar os negócios de títulos que financiavam o 1MDB, uma quantia que alguns profissionais de renda fixa afirmaram ser anormalmente alta.
Penalidade, multas e restituições são impostas ao banco
A negociação prevê que a Goldman Sachs (GSGI34) assuma as transgressões legais e pague quase US$ 3 bilhões em penalidades, multas e restituições.
“A Goldman Sachs hoje aceitou a responsabilidade por seu papel em uma conspiração para subornar funcionários estrangeiros de alto escalão para obter subscrição lucrativa e outros negócios relacionados ao 1MDB”, disse procurador-geral adjunto americano Brian C. Rabbit.
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Em julho, o banco anunciou acordo de US$ 3,9 bilhões com o governo da Malásia para resolver investigação criminal sobre o papel do banco no episódio. Este valor incluiu um pagamento em dinheiro de US$ 2,5 bilhões e a garantia de que o país irá receber pelo menos US$ 1,4 bilhão em receitas de bens apreendidos.
Traduzido e adaptado por Equipe Folha Capital.
Fonte: CNBC News.