A Havan decidiu adiar sua entrada na Bolsa de valores do país, após as instituições coordenadoras da oferta pública inicial avaliarem a varejista em R$ 70 bilhões, disseram profissionais cientes da operação.
Também, já especulava-se que a empresa aguardava o momento ideal para abertura de capital tendo em vista que o mercado vem apresentando volatilidade acentuada nas últimas semanas.
Conforme fontes familiarizadas com o assunto, o dono da Havan, Luciano Hang, não estava disposto a abrir mão do valor de mercado para a estreia na B3 (B3SA3), de R$ 100 bilhões.
Havan não é marca presente no e-commerce, segundo investidores
Segundo o Valor Investe, alguns investidores alegaram que a projeção de valor de mercado levantada pela Havan era muito alta, sobretudo para uma companhia que ainda não desenvolveu presença no e-commerce.
Os especialistas afirmaram que a marca precisaria manter o crescimento nos lucros de 30% ao ano para corresponder à avaliação de R$ 100 bilhões feita pela varejista.
Para os investidores, a Havan ainda é uma empresa de varejo físico e não está voltada para o comércio eletrônico.
Varejista pode optar por emissão de dívida
Ainda, os analistas do mercado financeiro afirmaram que a emissão de dívida pode ser mais atrativo para empresa em termos de estratégia de crescimento tendo em vista que a varejista possui baixa alavancagem.
Para os profissionais, primeiramente a empresa precisa investir em e-commerce para posteriormente planejar sua estreia na B3 (B3SA3). Em agosto, a marca chegou a registrar pedido preliminar de IPO projetando levantar R$ 10 bilhões em oferta primária.
Enfim, apesar do mercado nacional não mostrar-se favorável à realização de oferta pública inicial, empresas como Sequoia Logística (SEQL3) e Boa Vista (BOAS3) realizaram IPO, porém com valor de oferta reduzido.