As ações brasileiras operaram em baixa, nesta última terça-feira (7). O fechamento do Bolsa foi marcado pelo constante aumento de novos casos de contaminação do coronavírus e com a queda do setor industrial da Alemanha.
Além dos fatores desestimuladores, o resultado positivo para Covid-19 do presidente Jair Bolsonaro também causou um efeito. O mercado financeiro não reagiu bem à notícia que resultou em uma queda brusca de vários ativos.
Em meio às notícias ruins da última semana, além da queda da CVC (CVCB3), os bancos Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil também tiveram ativos desvalorizados.
Confira como tem sido a performance da empresa de turismo em meio à crise econômica.
CVC (CVCB3) tem prejuízo milionário
Uma das empresas que mais teve desvalorização foi a CVC (CVCB3), suas ações na B3 recuaram cerca de 7% em um único dia. Devido às crescentes retrações, a CVC (CVCB3) possui baixa de 47,40% em seus ativos até o momento.
Segundo o Money Times, a empresa perdeu cerca de 32 milhões de reais com a suspensão de suas atividades. Os gastos abrangem cancelamento de viagens e reembolso pago aos clientes em decorrência do cancelamento de viagens em massa motivado pela pandemia do coronavírus pelo mundo.
Parte da quantia de perda foi destinada para o retorno de pessoas ao seu país de origem e para os prejuízos advindo de contratos com fornecedores. Em nota divulgada a companhia afirma que está com a prestação dos registros financeiros atrasada por falhas ocorridas na contabilização de negociações internas.
A perda no entanto começou a se dar ainda antes da pandemia. A companhia de viagens informou que obtêm prejuízo milionário desde o período de 2015 a 2019 e que o valor chegou a 350 milhões de reais.
Previsão de recuperação
Segundo representantes da agência, a estimativa é que possa ocorrer a recuperação de 55 milhões de reais do montante tendo em vista o pagamento indevido de impostos.
Para se recupera, a atuante no setor de viagens também investirá em formas de se reaquecer no mercado através da aplicação de capital.
Pronunciamento de Maia afeta ações dos bancos
Recentemente, Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, se pronunciou em evento online afirmando que é o contra a incidência de tarifas e juros dos cartões de crédito.
Quando questionado sobre o aumento da tributação aplicada aos bancos , Maia se opôs ao valore adicional cobrado no uso de cheque especial. Para ele, a cobrança é o mesmo que tributar o consumidor, pois no final das contas quem arca com as quantias são os clientes.
O posicionamento do parlamentar causou um impacto negativo no mercado financeiro e na performance dos bancos. O Itaú (ITUB4) foi a instituição que mais sofreu desvalorização na terça-feira (7), com baixa de 4,90% em suas ações.
Logo após, vieram os recuos de 4,36%, 4,15% e 4,01% nos ativos do Santander (BCSA34), Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3), respectivamente. Por enquanto, os representantes das instituições bancárias não se manifestaram sobre os apontamentos de Maia.