O mercado financeiro recuou na estimativa do piso mínimo para Taxa Selic em 2021, bem como projetou uma retração econômica menor que até então fixada para 2020, conforme relatório Focus divulgado pelo Banco Central.
Os economistas do BC, considerados os especialistas que mais acertam as projeções da economia no país, previram que a taxa básica de juros, antes estimada em 3%, será estabelecida em 2,75% no final do ano que vem.
Este percentual encontra-se acima do estabelecido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que recentemente promoveu o corte de 0,25% da Taxa Selic, para 2% ao ano.
Acompanhe as últimas previsões para os índices econômicos conforme a perspectiva de especialistas do Banco Central.
Projeção de recuo de 5,52% do PIB
O mercado financeiro estima que o Produto Interno Bruto (PIB) apresente recuo de 5,52% em 2020. Este índice de contração é inferior ao divulgado na última semana, que foi queda de 5,62% da economia brasileira.
Esta é a sétima vez seguida que os especialistas reduzem o tombo do PIB.
- Crescimento econômico de 3,50% em 2021.
Inflação sobe para 1,67%, segundo relatório Focus
A estimativa para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), medidor oficial da inflação, avançou de 1,63% para 1,67% em 2020, segundo relatório Focus.
O percentual projetado ainda está longe da meta de inflação visada pelo Banco Central, que é de 4% neste ano.
- Previsão para inflação (relatório Focus): 3% para 2021;
- Meta de inflação do BC: 3,75% para 2021 e 3,50% para 2022.
Previsão para o Dólar é mantida
De acordo com o Boletim Focus, os economistas mantiveram a previsão para a moeda americana em 2020. Pela nona semana seguida, a cotação do Dólar permaneceu em 5,20 reais.
- Dólar (2021): 5 reais.
Expectativa reduzida para Taxa Selic
O piso mínimo da Taxa Selic neste ano foi mantida em 2%, atual índice fixado pelo Banco Central. Já para 2021, a expectativa foi reduzida de 3% para 2,75%.
Apesar da análise referente à taxa básica de juros, em 2020, seguir o nível estabelecido pelo BC, o Copom não descartou a possibilidade de novos cortes este ano.