A locadora de veículos brasileira Movida (MOVI3) encerrou o segundo trimestre com 2,6 milhões de reais de lucratividade, perda de 94% no lucro líquido na comparação anual conforme relatório financeiro.
Apesar dos impactos do coronavírus no mercado de mobilidade, o Itaú BBA (ITUB4) manteve a recomendação de compra dos papéis da empresa, bem como prosseguiram no preço-alvo de R$ 19,50 para as ações da Movida, segundo o Valor Investe.
De acordo com os especialistas, o resultado operacional da locadora de veículos brasileira ainda foi positivo, sobretudo nos negócios de veículos seminovos.
Veja qual foi a performance financeira da Movida no segundo trimestre
Dados financeiros do relatório trimestral
A Movida obteve prejuízo no lucro líquido, mas outros dados financeiros apontaram recuperação diante do desempenho registrado no primeiro trimestre, por meio da redução de despesas.
- Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização): 151,3 milhões, com aumento de 10 pontos percentuais na margem;
- Receita líquida: avanço de 9,6%, para 1,05 bilhão de reais;
- Vendas de veículos seminovos: crescimento de 14,9%, para 18,5 mil carros negociados;
- Lucro bruto: alta de 215%, para 46,9 milhões de reais;
- Receita líquida varejo: baixa de 34%, para 174 milhões de reais
Veículos seminovos e diárias
Os negócios de veículos seminovos foram os que mais se destacaram no balanço entre abril e junho, resultando no crescimento de 21% da receita, a 749,1 milhões de reais, quando comparado com o segundo trimestre de 2019.
Segundo a Movida, cada automóvel foi vendido por 40 mil reais, representando um aumento de 5,6% do preço negociado no ano passado.
Quanto à divisão de diárias, a baixa foi de 7,5%, para 3,5 milhões de reais. A perda nos ganhos deste setor foi reflexo do recuo de 34% do segmento de varejo.
Veículos de frota e taxa de ocupação
- Redução de 4,6 mil veículos de frota como tática para amenizar a crise do coronavírus
- 72,9% de taxa de ocupação, ante a 73,6% e 75,2% referente ao segundo trimestre do ano passado e primeiro trimestre de 2020, respectivamente.
A Movida encerrou junho com frota de 105.698 carros, o que correspondeu a um corte de 13 mil carros. Também, a empresa promoveu redução de 17% das despesas, de acordo com o balanço divulgado.