OPEP+ analisa corte de 500 mil barris de petróleo

A Arábia Saudita se ofereceu para fazer cortes voluntários em sua produção de petróleo em fevereiro em uma tentativa de persuadir os produtores da OPEP+ a se manterem firmes em meio a temores de que novos bloqueios de coronavírus atingirão a demanda.

Duas fontes da OPEP disseram que a Arábia Saudita fez a oferta na terça-feira (5) em uma reunião da OPEP+, que reúne produtores da OPEP e outros, incluindo a Rússia, após negociações fracassadas na segunda-feira.

Fontes da OPEP+ disseram que a Rússia e o Cazaquistão estão pressionando para que o grupo eleve a produção em 500 mil barris por dia (bpd), enquanto o Iraque, a Nigéria e os Emirados Árabes Unidos sugeriram manter a produção estável.

Fonte: (Reprodução/Internet)

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Arábia Saudita defende mais cortes

Um documento interno da OPEP+, datado de 4 de janeiro, apresentava vários cenários para 2021, incluindo a possibilidade de corte de 500 mil bpd em fevereiro. Ele destacou os riscos de baixa e enfatizou que a reimplementação das medidas de contenção Covid-19, estão amortecendo a recuperação da demanda de petróleo em 2021.

Três fontes da OPEP+ disseram que as chances de um corte coletivo eram mínimas, já que poucos produtores o apoiaram e a maioria dos países favoreceu o fornecimento estável ou um aumento em fevereiro.

O ministro da Energia da Arábia Saudita, Príncipe Abdulaziz bin Salman, disse na segunda-feira que a OPEP+ deve ser cautelosa, apesar de um ambiente de mercado geralmente otimista, já que a demanda por combustível continua frágil e as variantes do coronavírus são imprevisíveis.

Desde então, novas variantes do coronavírus relatadas pela primeira vez na Grã-Bretanha e na África do Sul foram encontradas em países de todo o mundo. Os produtores da OPEP + têm restringido a produção para apoiar os preços e reduzir o excesso de oferta desde janeiro de 2017.

Cortes mantiveram os preços do petróleo estáveis

Enquanto a Covid-19 martelava a demanda por gasolina e querosene de aviação, os futuros do petróleo Brent caíram abaixo de US$ 16 o barril em abril passado, forçando a OPEP+ a aumentar seus cortes de produção para um recorde de 9,7 milhões de barris em meados de 2020.

Com o Brent segurando acima de US$ 50 por barril, a OPEP+ aproveitou a oportunidade para aumentar a produção em 500 mil bpd em janeiro, colocando seus cortes atuais em 7,2 milhões de bpd.

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Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.

Fonte: Investing.