Ouro e Dólar voltam a liderar ganhos em agosto

O ouro e o Dólar voltaram a liderar o ranking de ganhos do mercado em agosto. Com a ameaça ao teto de gastos após a derrubada do veto presidencial para ajuste salarial dos servidores, o mercado temeu a saúde dos investimentos. 

Por outro lado, a Bolsa de Valores encerrou o mês operando em negativo. Mas, ainda sim os investimentos em renda variável continuam atuando como as opções mais procuradas pelo público. 

Com a previsão da taxa de juros em níveis baixos e a inflação distante da meta traçada pelos economistas, as aplicações consideradas “mais arriscadas” vêm ganhando espaço no decorrer deste ano. 

Ouro e Dólar voltam a liderar ganhos em agosto
Fonte: (Reprodução/Internet)

Confira as opções de investimentos que mais cresceram em agosto. 

Ouro e Dólar disparam com IBOV em queda 

Com a movimentação política, sobretudo com pautas envolvendo o Ministério da Economia, os investidores procuraram ativos de proteção à carteira de investimentos. O ouro e o Dólar são conhecidos por funcionarem bem como preservadores de capital investido no mercado. 

Em meio aos temores de descumprimento de agenda das reformas e ferimento de tetos de gastos, os ativos acumularam ganhos enquanto o Ibovespa (IBOV) somava quedas em agosto. 

Também, a poupança, o CDI e o Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) apontaram avanço, ainda que mais contido, no retorno financeiro para os investidores.

  • Dólar: +5,02%;
  • Ouro: +4,42%;
  • IFIX: +1,79%;
  • CDI: +0,16%;
  • Poupança: +0,13%;
  • Ibov: -3,44%.

A moeda americana registrou maior evolução no último mês, mas ainda sim ficou atrás do ouro quanto à rentabilidade anual acumulada com alta de 36,69 % e 69,01% respectivamente.

Especialistas opinam sobre a moeda americana

Apesar do Dólar ter mostrado alta rentabilidade em agosto e ser popularmente conhecido como opção de proteção aos investimentos, especialistas advertem este raciocínio. 

Segundo Marcos Mollica, gestor de ativos da Opportunity Asset Management, a moeda americana não irá mais cumprir a função de “segurança de portfólios”. Isto porque o Brasil deve reverter prejuízo de 50 bilhões de dólares em superávit de 15 bilhões. 

Alguns especialistas acreditam que o Real já obteve grande desvalorização frente ao Dólar, logo, o país pode oferecer condições mais atrativas no campo de aplicações como por exemplo os títulos com rentabilidade atrelada à inflação. 

Na contramão, outros profissionais recomendam os investimentos no exterior por meio de ativos globais, que são opções que mostram crescimento em meio à crise.