Nesta quarta-feira (7), o Banco Central informou que a caderneta de poupança registrou, mais uma vez, recorde de captação líquida mensal.
No mês de setembro, o investimento preferido do público conservador obteve um volume próximo a R$ 13,229 bilhões sendo o maior número desde 1995.
Neste período, os depósitos ultrapassaram a marca dos saques em R$ 9,974 bilhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo.
Poupança tem entrada líquida de R$ 137,211 bilhões
Segundo dados do BC, a entrada líquida de recursos na poupança foi de R$ 137,211 bilhões no ano, também batendo recorde para o período.
- Poupança rural: ingresso de R$ 3,254 bilhões.
Os recordes da poupança estão sendo atribuídos aos pagamentos do auxílio emergencial e de outros benefícios criados pelo governo que utiliza a caderneta como meio para movimentar esses valores.
Nas últimas semanas, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que os cortes consecutivos da Taxa Selic têm implicado na realocação dos recursos, inclusive para a poupança
Renda Cidadã e questões fiscais afetam investimentos de renda fixa
Em meio às incertezas sobre as questões fiscais e o descontentamento quanto ao Renda Cidadã, novo programa do governo Bolsonaro, setembro registrou deságios significativos nas Letras Financeiras do Tesouro (LFTs).
Este cenário somado à redução da taxa básica de juros impactam diretamente os investimentos no Tesouro Selic e em outros ativos de renda fixa que fazem parte da carteira de investimento dos gestores.
Prova disso é que das 16 categorias de fundos de renda fixa listados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), 7 encerraram o mês de setembro com rentabilidade negativa.