Nesta terça-feira (22), os preços do petróleo subiram após analistas considerarem que a demanda pela commoditie terá um impacto limitado caso ocorra um novo lockdown.
A estimativa veio após os números de novos casos de contaminação da Covid-19 dispararem nos principais mercados do mundo. A Alemanha descreveu a situação como preocupante.
A Espanha pediu ajuda ao exército e a Itália aumentou a quantidade de testes obrigatórios. Em meio às tensões, a avaliação sobre a demanda por petróleo impulsionou os preços revertendo parcialmente a queda reportada no dia anterior.
Preços do petróleo Brent e WTI somam alta de quase 3%
Os analistas do mercado de commodities trataram de acalmar os investidores que seguem de olho na segunda onda do coronavírus especialmente nos países da Europa. O público também teme a adoção de novas medidas de isolamento social.
Segundo o analista de petróleo do UBS, Giovanni Staunovo, caso tenha novamente um lockdown ele acontecerá em regiões específicas. Logo, não irá afetar em grandes proporções a recuperação da procura por combustíveis.
Após a perspectiva, os contratos Brent e WTI juntos somaram alta de 2,9%.
- Petróleo Brent: subiu 1,3%, para US$ 41,98 por barril;
- Petróleo West Texas Intermediate (WTI) futuro (outubro): alta de 1,6%, para US$ 39,94.
- O contrato de novembro mais ativo subiu 1,1%, para US$ 39,99.
Apesar da expectativa sobre um impacto reduzido na demanda por petróleo, o especialista ressaltou que o ritmo de retomada será mais lento.
Recuperação da demanda é instável
Ainda, com o aumento da oferta e a redução recorrente dos preços da commoditie os analistas preveem que a recuperação da demanda por petróleo seja ainda mais instável.
“O caminho para uma nova normalidade no mercado de petróleo tornou-se mais instável, mas ainda vemos a demanda superando a oferta na margem e o excedente desaparecendo lentamente”, declarou Norbert Rücker, analista do banco suíço Julius Baer.
Os investidores previam que a baixa oferta continuasse e que os preços do petróleo fossem impulsionados. Porém, com o relaxamento do bloqueio da commoditie na Líbia, a oferta aumentou cooperando para a queda de 5% registrada na segunda-feira.