Nesta semana, a Raízen Energia comunicou que está em tratativas para uma possível aquisição da Biosev (BSEV3), subsidiária brasileira do grupo suíço Louis Dreyfus Company.
Em fato relevante, a Biosev (BSEV3) informou que vem mantendo as negociações preliminares com a gigante brasileira de açúcar e combustíveis, e que as negociações poderão resultar em um possível acordo de venda.
Também, a produtora de açúcar declarou que deu início às discussões com algumas instituições financeiras credoras sobre a possibilidade de uma readequação parcial de dívidas.
Veja mais informações sobre a negociação entre as companhias brasileiras.
Biosev (BSEV3) visa reestruturação de dívida
Conforme fontes do Bloomberg, o negócio que poderá ser fechado com a Raízen visa reestruturação de dívida gerada também pelo prejuízo histórico de R$ 1,55 bilhão registrado em março. Este foi o nono déficit consecutivo da empresa.
Além disso, os termos negociados sugerem uma troca de ativos que concederia à produtora de açúcar participação minoritária no capital da Raízen.
Com essa estratégia, os bancos cederiam uma extensão do crédito devido pela empresa de R$ 7,3 bilhões e como troca, a controladora Louis Dreyfus adiantaria o pagamento da dívida.
Logo, o mercado acredita que a possível venda da Biosev (BSEV3) para a Raízen seria a saída ideal quanto ao endividamento bilionário. Na última reestruturação da companhia, o grupo suíço precisou injetar aproximadamente US$ 1 bilhão no caixa da subsidiária.
Empresa acalma os ânimos dos investidores
Após a divulgação de negociações com a Raízen, as ações da Biosev (BSEV3) dispararam 21,99%, a R$ 5,16 por ação. Com o ânimo dos investidores, a produtora de açúcar esclareceu que ainda não existe acordo de qualquer natureza em relação à venda.
No mesmo sentido, descartou os rumores de uma possível buscar por reestruturação das dívidas junto às instituições financeiras credoras.