Enquanto o dólar continua em ascensão no mercado financeiro, o Brasil enfrenta desafios para manter a bolsa de valores em ritmo crescente, em consequência da baixa repentina dos juros. A pressão das operações de hedge indicam um debate sobre volatilidade cambial.
O valor do dólar chegou a 1,02%, fechando em 5,3915 quando convertido em moeda brasileira, mesmo após enfrentar oscilações negativas de 0,22%.
Com o aumento do dólar, a moeda fecha a semana com 1,10% em progressão e se valoriza 34,13% em disparada anual. A Ibovespa demonstra que o mercado de bolsas vem enfrentando uma fase de crise. Os últimos índices de desenvolvimento fecharam seu valor em 2,35%, somando 2,9% no acumulado semanal, o que representa uma alta sutil das ações monetárias.
O cenário não parece ser favorável também para as taxas de juros que tiveram queda na última sexta-feira (17 de julho), e que tem previsibilidade de decaída ainda piores para o futuro. Assim, o Brasil fica no prejuízo em relação aos outras economias em crescimento acelerado.
Expectativas futuras
A taxa Selic sofre com a baixa dos juros, sendo passível de cortes, o que já vem ocorrendo nos últimos anos. Essa incerteza ocasiona uma pressão cambial instável de alta.
Roberto Carlos, presidente do Banco Central, aponta que a volatilidade do câmbio ainda não pode ser mensurada em causas esclarecidas, mas que prossegue investigando e tem a sensação de que essa variações das taxas tem o pressuposto de diminuírem.
A fala do presidente torna o investimento na bolsa algo incerto, já que nem mesmo tem a autoridade sobre a gestão da situação e não sabe explicar o porquê e por isso não possui embasamento para solucioná-la. Essa é a posição de Campos Neto, especialista em investimentos.
As armas usadas pelo mercado são empregadas na compra de bolsas, mas como garantia há o investimento também no dólar por conta das incertezas domésticas do real e a possibilidade de contorná-la, com a vantagem de custo reduzido dos juros de piso.
O panorama final é a bolsa em ascendência e o real em depreciação, o que reforça mais ainda a aposta na compra da moeda internacional.