Os brasileiros têm um certo receio em abrir mão de seus investimentos em renda fixa que, apesar de serem considerados mais seguros, trazem pouco retorno financeiro. Antigamente, as taxas dessa opção possibilitavam que o investidor dobrasse sua aplicação em média de quatro anos.
Hoje, estima-se que isso só irá acontecer em torno de 20 anos ou mais, já que boa parte do público conservador investe em poupança, sendo esta uma alternativa de baixa rentabilidade. Por outro lado, os ativos de renda variável podem dar o retorno maior do que as opções de renda fixa.
Mas, elas são temidas por muitos investidores que consideram arriscado empregar seu dinheiro em ativos vinculados à bolsa de valores, mas isso pode ser mudado através do conhecimento sobre mercado financeiro.
Confira dicas de como vencer o medo e começar a investir em ativos de renda variável.
Aplique capital conforme o perfil investidor
Antes de entrar no mercado de renda variável é importante identificar o perfil do investidor, tendo em vista que isto vai dizer muito sobre como ele irá aplicar o seu dinheiro. Essa classificação é importante, pois irá ajudar a identificação dos ativos adequados.
Essa divisão é feita conforme o nível de tolerância que a pessoa tem para correr riscos e as expectativas de rentabilidade com a aplicação. O investidor pode ser conservador, moderado e agressivo.
Normalmente, os investidores que possuem inseguranças com as opções de renda variável são o do perfil conservador, que preferem empregar seu dinheiro em poupança, títulos públicos, etc.
Neste caso, é importante respeitar a abordagem no mercado financeiro e começar a destinar sutilmente o capital para os investimentos de renda variável até que se sinta seguro. Se o perfil do investidor é conservador, não é recomendado ele fazer jogadas agressivas no mercado.
Fundo de emergência sólido
Umas das principais recomendações dos especialistas do mercado, se não a maior, é a criação de um fundo de emergência sólido antes de fazer o investimento. Esta iniciativa preserva as finanças da ocorrência de imprevistos.
Grande parte dos analistas do mercado indicam que a reserva corresponda à renda total do investidor obtida durante 3 e 6 meses. Este orçamento é o considerado ideal para começar a empregar o dinheiro no mercado de renda variável.
Estude sobre o mercado e conheça os ativos
O conhecimento é essencial para saber gerir os investimentos. Hoje em dia, existem vários profissionais do mercado oferecendo conteúdo gratuito e pago, como o Brooker, além das gestoras de capital e corretoras que oferecem informações atualizadas sobre o panorama do mercado acionário outras opções.
Quando o assunto é renda variável, muitas pessoas acreditam que só existem as ações da bolsa de valores neste grupo, mas ele é composto por outras alternativas que podem, inclusive, podem ser boas opções para antecederem aos investimentos na B3, por exemplo. São elas:
- Fundos imobiliários;
- Fundo de ações multimercado;
- Fundos de investimento;
- Exchange Traded Funds – ETFs ou fundo de índices;
- Ações
- Câmbio
- Ouro
Tipos de aplicações
Os especialistas recomendam começar com aplicações indiretas por meio dos ETF, que oferecem diversificação à cesta de investimentos e com baixo custo, segundo o InfoMoney. Outra forma segura de iniciar é investir nos fundos de ações.
Esta última alternativa consiste na análise e escolha de opções por parte de um profissional do mercado financeiro. Neste caso, o investidor não faz a compra do ativo diretamente com a empresa, o gestor de ativos contratado faz a intermediação.
No fundo de ações, o capital de vários aplicadores são reunidos e investidos no mercado acionário, ou seja, trata-se de um investimento coletivo. O total do valor investido por cada pessoa corresponde ao patrimônio deste fundo.
Atenção nos ativos de renda variável
Atente-se que os ativos de renda variável não possuem um retorno financeiro previsível e sua rentabilidade pode mudar a qualquer momento, já que não existe um padrão. Porém, eles apresentam maior potencial de lucratividade.
Por fim, é indicado que os iniciante comecem destinando em torno de 10% a 15% de sua carteira de investimento para as opções de renda fixa. Entende-se que esta porcentagem é segura podendo ser ampliada, quando o investidor se sentir confortável.