Segunda onda do vírus pode frear retomada da economia em todo o mundo

Há algumas semanas vinha pairando a possibilidade de ocorrer um segundo ciclo de contaminação do novo vírus. Isso era discutido porque apesar de várias pesquisas estarem em andamento, ainda não se tem medicamentos eficazes para a imunização a este mal.

Nos noticiários foram reportados os reflexos desse cenário de incerteza. A instabilidade acarretou a volatilidade nas ações de todo o mundo, mas que apesar da oscilações vinham apresentado bons resultados recentemente, incluindo a bolsa brasileira.

No entanto, a semana não começou boa para o mercado financeiro, a divulgação de novos contágios na China e o advertimento de possíveis contaminações em regiões dos Estados Unidos despencaram as ações globais.

segunda onda do vírus
Fonte:(reprodução/internet)

Segunda onda do vírus pode frear retomada da economia em todo o mundo. Acompanhe as recentes notícias sobre os dados de novos casos em Pequim. Saiba também como a economia reagiu diante dos fatos.

Recente surto em Pequim

Diversos países passaram pelo pico de contaminação do vírus, dentre eles estão China, Espanha, Itália, França, Estados Unidos e Reino Unido. Este último segue como o país que mais obteve mortes em toda a União Europeia.

Depois de passados seis meses desde os primeiros casos na cidade chinesa, os governos vem liberando aos poucos a reabertura dos comércios em suas regiões. O grande marco para a economia foi o retorno das atividades em Wall Street, o coração do mercado financeiro.

No entanto, a festa durou poucos dias, nem se quer 1 mês. Na última segunda-feira (15), foi anunciado que mais de 100 novos casos foram confirmados em Pequim. Desde quando foi constatada a informação, o governo chinês tem adotado providências para conter a propagação.

Enquanto se especula o novo surto na capital chinesa, a curva de contágio segue em alta nos países da América do Sul, com destaque no Brasil. De acordo com o site Uol, os registros de propagação no país são maiores do que em todo o continente asiático.

Estudos para identificar a origem do novo contágio

A Organização Mundial da Saúde se diz preocupada com as recentes notícias de Pequim e afirma que irá intensificar a colaboração com a China, no intuito de descobrir como se originou o reaparecimento do vírus.

Tudo indica que o surto esteja ligado ao grande mercado de alimentos da Ásia que possui residência na capital. Segundo o G1, neste estabelecimento reside as maiores movimentações para abastecimento de produtos como legumes e frutas da cidade.

O governo tem utilizado tecnologia que possibilita o rastreamento de diversas pessoas e promovendo a realização do teste em grande quantidade. Ao que parece todos estão comprometidos a impedir a expansão deste vírus pela segunda vez.

Outra preocupação foi o que ocorreu no Japão, foi noticiado um crescimento do contágio do dia para a noite. De acordo com as pesquisas, a contaminação estava vinculada a um bairro específico, onde ficam comércios como restaurantes e bares que tinham sido reabertos.

Reação do mercado financeiro

Apesar da euforia na retomada dos serviços por todo o mundo, a incerteza do futuro da economia global ainda era latente para os profissionais e investidores do mercado. Após as semanas de feedbacks positivos, aconteceu o despencamento das ações num panorama geral.

Prova disso foi a baixa nas bolsas europeias, asiáticas, brasileiras e americanas. Elas reagiram positivamente apenas no final do dia, após pronunciamento da instituição financeira norte-americana sobre incentivos fiscais na economia do país.

Os reflexos de uma segunda onda de contágio puderam ser vistos nos valores do petróleo, que indicavam queda antes mesmo das notícias sobre o vírus. As ações das petrolíferas já vinham em desvalorização, após o episódio o petróleo dos EUA caiu 2,07%.

segunda onda do vírus
Fonte:(reprodução/internet)

A mesma coisa aconteceu nas bolsas de Londres que operaram em baixa também nas ações das petroleiras com recuo de 1,06%. No Brasil, a Ibovespa caía drasticamente depois de manter uma performance inesperadamente positiva durante 7 dias.

Com isso, o dólar disparou chegando na casa de R$5,20, preço este que não era visto desde as piores semanas da economia brasileira. Apesar do susto no panorama geral do mercado, as bolsas fecharam razoavelmente controladas.

Diante do burburinho de uma possível novo ciclo de contaminação, os Estados Unidos se pronunciou. O secretário do Tesouro norte-americano acredita que não existe a possibilidade de suspenderem a economia novamente, tendo em vista o prejuízo geral em âmbito global.

Steven Mnuchin disse mais, para ele o aumento de novos casos é considerável devido à retomada das atividades dos comércios e empresas. Por fim, para acalmar a população, o secretário afirmou que está seguro das respostas que os EUA pode dar ao seu povo e ao mundo.