De acordo com a especialista em liderança Kathy Caprino, atualmente o mercado de trabalho é composto por um grupo de profissionais que frequentemente lutam com sentimentos de inadequação, dúvida, baixa autoconfiança.
Além disso, esses indivíduos são confusos sobre como eles, de fato, alcançaram os altos níveis que projetaram. Conforme pesquisa feita pela profissional, 98% da mulheres possuem estes questionamentos impedindo o alcance de seu potencial máximo.
Esses sinais caracterizam a síndrome de impostor, é sensação que um profissional tem de que não conquistou o patamar elevado no trabalho por seus próprios méritos. Logo, sente-se uma fraude e não reconhece que possui talentos, habilidades e dons especiais.
Mulheres sofrem mais com síndrome do impostor
Lara Newinski, vice-presidente da KPMG nos Estados Unidos, em entrevista com Kathy Caprino, afirmou que a síndrome do impostor foi definida como a incapacidade que um indivíduo tem de acreditar que o seu sucesso profissional é merecido e resultado do trabalho árduo.
- Desacredita de habilidades e capacidades.
- Profissional internaliza que conquistou o que tem por sorte, não por merecimento.
Conforme estudo da executiva, 75% das mulheres executivas identificaram a síndrome do impostor em vários pontos durante suas carreiras e 85% delas acreditam todas mulheres possuem o fenômeno. As mulheres podem apresentar este sinal em momentos-chave de uma função existente ou em marcos específicos, como uma mudança de carreira ou promoção.
Ainda, quase 6 em cada 10 mulheres executivas afirmaram à profissional que as promoções ou as transições para novos cargos foram os momentos em que mais foram acometidas pela síndrome do impostor.
Fenômeno reside no medo de ser uma fraude
Conforme a também coach Kathy Caprinom, a síndrome do impostor também inclui sentir-se inseguro de si mesmo e se preocupar em ser “descoberto” da suposta fala de competência. Também, um sinal típico é o sentimento de dúvida, medo do sucesso e auto-sabotagem.
- 74% das mulheres executivas disseram não acreditar que os líderes homens tenham tantas dúvidas quanto às mulheres.
Embora os executivos também tenham dúvidas sobre si mesmos, as mulheres abordadas na pesquisa das profissionais acreditam que os homens não admitem, não falam sobre as inseguranças ou fazem um trabalho melhor para encobrir isso.
Já, aproximadamente metade das participantes afirmaram que o sentimento de dúvida resultou de nunca esperar alcançar o ápice de sucesso que conquistou e mais da metade tem medo de não corresponder às expectativas.
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Como a síndrome do impostor pode ser superada?
Segundo as especialistas é que que que 47% das mulheres executivas acreditam que ter um gerente de desempenho é o fator número um no combate à síndrome do impostor.
Outros aspectos importantes são a promoção do trabalho em equipe e de uma cultura inclusiva, com atenção especial às necessidades do indivíduo. Relações fortes com os colegas e líderes, construídas sobre uma comunicação aberta e honesta também ajudam a superar o fenômeno.
- Ambiente de valorização do indivíduo.
Por fim, 72% das mulheres executivas do levantamento buscam o conselho de um mentor ou consultor de confiança ao duvidar de suas habilidades para assumir novas funções. Nesse tipo de cenários, os profissionais de um modo geral podem redirecionar seus medos e dúvidas transformando-os em oportunidades de crescimento.
Traduzido e adaptado por Equipe Folha Capital.
Fonte: Forbes.