O ano de 2020 é decisivo para os americanos, pois é o período em que ocorrem as eleições presidenciais. No entanto, dessa vez, as campanhas eleitorais ficaram apagadas devido à pandemia, a qual teve um grande impacto nos Estados Unidos.
Após praticamente três meses de paralisação dessas atividades, Donald Trump retorna com sua agenda de compromissos políticos. Afinal, o adversário, Biden (democrata), apresenta grande potencial para vencer o até então presidente (republicano).
No último sábado (20), o líder do governo norte-americano realizou um comício, no estado de Oklahoma, para um público inferior ao esperado. O encontro não foi bem visto por muitas pessoas, tendo em vista que os índices de contaminação continuam aumentando nos EUA.
Trump faz primeiro comício pós lockdown. Veja os pronunciamentos de Trump sobre o novo vírus, reaproximação com Maduro e críticas à NFL. O comício chamou atenção pela quantidade de pessoas presentes que foi abaixo do programado. Entenda o motivo.
Audiência abaixo do esperado
Com a retomada das atividades comerciais e econômicas, Trump também resolveu reativar sua agenda de eventos de sua campanha eleitoral. No sábado, 20 de junho, o presidente promoveu um comício na cidade americana Tulsa, localizada no estado de Oklahoma.
Apesar do crescimento de contágio do novo vírus, isso não foi motivo suficiente para impedir que o evento ocorresse. O estádio da região escolhida por Trump comporta 19 mil pessoas e de acordo com os dados divulgados, compareceram pouco mais de 6 mil pessoas.
A mídia notou que tinham cadeiras vazias no local e que pela organização do encontro, era esperado uma quantidade maior de pessoas. A “baixa” audiência repercutiu nas redes sociais, principalmente, porque existiriam culpados por tal esvaziamento do comício do atual presidente.
De acordo com o El País, usuários do aplicativo Tik Tok e seguidores do K-pop se responsabilizaram pelo desfalque na audiência do agrupamento político. Os adolescentes assumiram ter impulsionado milhares de pessoas a se inscreverem no evento de Trump, mas sem interesse algum de comparecer.
Isso foi possível porque o presidente estadunidense utilizou plataformas digitais para realizar a inscrição para que seus simpatizante recebessem os ingressos gratuitos para o comício. Dessa forma, os organizadores não conseguiram identificar os cadastros fakes dos reais.
Segundo o assistente de Trump, foram computadas cerca de um milhão de pedidos. O mais irônico é que os opositores ao governo do republicano utilizaram a plataforma chinesa, Tik Tok, para viralizar a “trollagem” ao político. Lembrando que a China tem protagonizado diversos desentendimentos com os EUA.
Encontro com presidente da Venezuela
Os conflitos entre o governo norte-americano e venezuelano não são de hoje, a insatisfação de Trump ao ver Nicolás Maduro no posto presidencial foi marcado nas eleições do país sul americano.
Em 2018, ano eleitoral na Venezuela, o sucessor de Hugo Chávez foi reeleito. No entanto, sua vitória foi marcada por diversas polêmicas como irregularidades, fraudes e um alto número de eleitores que não compareceram na votação.
O resultado das eleições tornou-se pauta mundial, alguns presidentes não reconheceram Maduro como líder do governo venezuelano, dentre eles estavam Donald Trump e Jair Bolsonaro.
O político venezuelano também é conhecido pelo não cumprimento do Protocolo de Ushuaia, o qual os países do Mercosul são signatários. A Venezuela foi suspensa do bloco pelas medidas antidemocráticas de divisão do Poder Legislativo e a convocação de uma Assembleia Constituinte.
Entre essas polêmicas, o presidente dos Estados Unidos estendeu seu apoio ao opositor de Maduro, Guaidó que se autodeclarou como presidente interino. Entretanto, nos seus recentes pronunciamentos, o norte-americano apresentou um discurso diferente.
Visando as eleições que se aproximam, Trump mostrou uma flexibilização nas relações com o país sul americano, e levantou a possibilidade de se reunir com Maduro para eventuais acordos e recuou no seu apoio à Guiadó, conforme notícias do G1.
Pronunciamento sobre o novo vírus
O líder republicano chamou atenção em seu comício por fazer declarações polêmicas sobre os testes em massa para a constatação do novo vírus. Ele afirmou que este recurso pode ser bom e ao mesmo tempo ruim, sob a justificativa de aumentar os dados de contaminação no país.
Alegou ainda que pediu a equipe para realizar a diminuição de testes pois os resultados estavam aumentando os índices de casos. A alegação de Trump foi criticada e posteriormente a equipe afirmou que a fala dele foi uma brincadeira com a mídia.
O presidente dos EUA também ressaltou a importância do fechamento das fronteiras e as medidas implementadas para o combate à pandemia. Lamentou que as diretrizes adotadas não foram reconhecidas pelo público.
Enfim, Trump tem apresentado uma diferença significativa entre seu adversário, Biden. De acordo com pesquisas divulgadas, a corrida eleitoral será menos apertada com o democrata do que a que aconteceu com Hillary Clinton há quatro anos atrás.