Conforme relatório do banco norte-americano Wells Fargo (WFCO34), os lucros tiveram queda no terceiro trimestre ficando aquém das estimativas dos analistas do mercado.
Também, a instituição registrou montante expressivo referente às despesas vinculadas a um escândalo envolvendo operações da empresa.
Segundo o banco, o CEO Charlie Scharf, fez dos cortes de custos a meta fundamental de seu plano estratégico de recuperação das polêmicas que assolam a companhia.
Wells Fargo (WFCO34) reporta US$ 1,72 bilhão em lucros
O banco apontou em relatório financeiro lucro de US$ 1,72 bilhão, ou 42 centavos por ação ordinária, no terceiro trimestre ante US$ 4,04 bilhões registrados no ano passado.
Segundo dados da Refinitiv, os analistas de Wall Street esperavam um lucro de 45 centavos por ação.
Além do recuo na lucratividade, a receita líquida do quarto maior banco dos EUA foi de US $ 9,4 bilhões, uma queda de US$ 512 milhões em relação ao segundo trimestre.
- Carteira de empréstimo indicou encolhimento de 2%;
- Receita total caiu 14%.
A Wells Fargo (WFCO34) informou que seus resultados antes dos impostos foram prejudicados por US$ 961 milhões de provisões destinados aos clientes, como forma de reverter os danos causados com o escândalo da prática de vendas.
Banco gasta milhões com despesas após envolvimento em escândalo
O resultado financeiro da empresa foi vinculado à rigidez dos órgãos regulatórios desde o escândalo que eclodiu em 2016, quando o banco divulgou que havia aberto milhões de contas falsas para clientes, custando à empresa bilhões em multas.
O acontecimento resultou numa despesa de quase US$ 1 bilhão, sendo US$ 718 milhões em gastos de reestruturação, principalmente para custos de rescisão.
A Wells Fargo (WFCO34) chegou a lançado uma ampla campanha de corte de custos em julho, depois de anunciar seu primeiro prejuízo trimestral desde 2008 e cortar seus dividendos para preservar o capital.
Conforme o especialista Edward Jones, da Kyle Sanders, as taxas de juros historicamente baixas e o limite de ativos do banco central dos EUA, Federal Reserve, tem dificultado ainda mais o aumento de receita da Wells.
O FED chegou a colocar restrições ao balanço do banco como punição pelos abusos de vendas, as quais só serão retiradas quando a equipe de gestão provar que melhorou suficientemente a gestão de risco e os controles.