Nesta segunda-feira (21), as ações do HSBC (HSBA) despencaram para mínimos históricos após a empresa protagonizar polêmicas envolvendo lavagem de dinheiro.
Ainda, somando ao cenário desfavorável à instituição seus negócios podem estar ameaçados na China tendo em vista que o governo chinês sugeriu que a empresa poderia enfrentar restrições no país.
A semana começou difícil para os investidores do banco britânico, já que a o HSBC (HSBA) enfrenta uma recessão global, queda de lucros, tensões EUA-China e questões políticas em Hong Kong.
Ações HSBC (HSBA) despencam mais de 5% após acusações
Em meio ao tempo nublado para o banco global britânico, as ações HSBC (HSBA) recuaram 5,26% em Londres, enquanto em Hong Kong, os ativos caíram 5,33%. Segundo o Refinitiv, este é o percentual mais baixo da instituição desde 1995.
Os ativos do banco estiveram entre as maiores perdas das Bolsas europeias durante a sessão, que também foram puxadas pelo temor de um novo lockdown devido à segunda onda de contaminação do coronavírus.
O desempenho negativo da companhia veio após o BuzzFeed divulgar que algum dos maiores bancos globais, incluindo o HSBC (HSBA), movimentaram fundos com dinheiro ilícito por quase duas décadas mesmo sabendo da origem dos recursos.
O BuzzFeed informou que investigou mais de 2.100 relatórios de atividades suspeitas com base em documentos apresentados à Rede de Execução de Crimes Financeiros do Departamento do Tesouro dos EUA (Fincen, na sigla em inglês).
De acordo com a estrategista-chefe da AxiCorp, Stephen Innes, a situação do banco não é boa, e o medo do que poderá vir é o que pode levar os gestores a retirar os investimentos da empresa.
O banco se recusa a falar sobre as alegações
Em um comunicado, o HSBC (HSBA) afirmou que não comentaria sobre relatórios de atividades suspeitas. Também, defendeu seus esforços para combater o crime financeiro.
A instituição acrescentou que o banco é uma instituição muito mais segura do que era há anos atrás. Vale lembrar que em 2012, o HSBC (HSBA) concordou com as autoridades dos EUA em pagar US$ 1,9 bilhão em razão de lavagem de dinheiro.
Na época, o Departamento de Justiça e o Tesouro dos EUA alegaram que o banco britânico permitiu que os cartéis de drogas internacionais mais notórios lavassem bilhões de dólares além das fronteiras.