Os analistas do mercado financeiro especulam o aumento da liquidez das ações da BR Distribuidora (BRDT3) após o conselho da Petrobras aprovar a venda da participação remanescente de 37,5% detida pela petroleira.
Para os profissionais do mercado, a saída da estatal do capital da BR (BRDT3) pode impulsionar a valorização dos papéis da ex-subsidiária que teve seu controle vendido em julho do ano passado.
Ainda, também é cogitado que investidores de private equity intensifiquem sua atuação na companhia que conta com controle pulverizado. Isto porque trata-se de uma empresa que não possui domínio centralizado das ações.
Acompanhe a recente avaliação dos especialistas sobre a saída da Petrobras (PETR3; PETR4) do capital BR Distribuidora (BRDT3).
Petrobras (PETR3; PETR4) sai do capital da BR Distribuidora (BRDT3)
O conselho de administração da estatal aprovou a proposta de saída da Petrobras (PETR3; PETR4) do capital da BR Distribuidora (BRDT3). Desde 2017, ano em que a ex-subsidiária abriu o capital na Bolsa de Valores, a petrolífera vem planejando a operação.
Na época a BR (BRDT3) levantou cerca de 5 bilhões de reais em Oferta Pública Inicial (IPO) e mais de 8 bilhões de reais na emissão secundária das ações (follow on) em julho de 2019.
Os altos valores de captação são motivados pela valorização dos ativos da empresa após a IPO. Mas, com a pandemia o desempenho foi interrompido.
Especialistas avaliam operação no mercado
As ações da BR (BRDT3) chegaram a cair 3,3% após a divulgação da decisão do conselho da Petrobras (PETR3; PETR4). Para Ilan Arbetman, especialista da Ativa Investimentos, é normal que os papéis operem em baixa no mercado após a venda de uma grande participação da estatal.
Ilan afirmou que trata-se de 37,5% da participação remanescente da petrolífera na ex-subsidiária e que agora serão vendidas no mercado. Segundo o analista, esta operação levará liquidez aos ativos e promover um giro financeiro maior.
Margens financeiras são o maior desafio
Conforme analista entrevistado pelo Valor Investe, o maior desafio da BR (BRDT3) será apresentar margens financeiras superiores as quais vem reportando até então. Isto porque o volume de vendas diminuíram e o setor de aviação levará tempo para retomar a demanda devido à Covid-19.
Também, o profissional que preferiu o anonimato ressaltou que as rivais Raízen (CSAN3; RDSA34) e Ipiranga (UGPA3) possuem interesse em comprar refinarias, já a BR (BRDT3) não tem essa intenção. Logo conforme avaliação, a ex-subsidiária precisará competir com “players integrados”.
Para a administração da ex-subsidiária, a saída da Petrobras, que recentemente também vendeu seus ativos do Polo Potiguar, não irá impactar o projeto estratégico da empresa que segue focada em alcançar a rentabilidade das concorrentes.