Há alguns meses atrás, a Oi informou que estaria promovendo uma divisão de seus setores como parte de sua reestruturação. Esta iniciativa compõe o aditamento do plano de recuperação judicial, que teve o seu pedido feito em 2016.
Com seu setor de ativos móveis à venda no mercado, as concorrentes TIM (TIMP3), Vivo (SA:VIVT4) e Claro (NETC4) manifestaram interesse pela compra deste serviço. Visando expandir seus recursos, as empresas decidiram se unir para apresentar uma proposta à Oi.
A oferta coletiva das companhias repercutiu positivamente nos ativos da vendedora e das compradoras, que apresentaram valorização em seus papéis. Este episódio marcou um conjunto de altas no rali de ações logo no início da semana.
Entenda qual foi a negociação que reuniu as operadoras telefônicas mais populares do país.
Negociação para compra da Oi repercute na bolsa
Neste sábado (18), as operadoras Tim (TIMP3), Claro (NETC4) e Vivo (VIVT4) apresentaram em conjunto uma oferta de compra da rede móvel da Oi.
O valor mínimo estipulado para a compra é de 15 bilhões de reais, em troca dos ativos móveis que darão o direito à atual clientela deste serviço, que é composto por uma base de 37 milhões de usuários.
Diante disso, o mercado financeiro reagiu positivamente com a negociação. A semana começou com a valorização de 9% nos papéis da Oi (OIBR4), o que marcou a maior alta nas ações ordinárias da companhia registra até então.
Este ativos tiveram lucros de 919,4 bilhões de reais, já as ações preferenciais cresceram em 8,84% com movimentação financeira de 51,3 milhões. Esses números indicam ganhos que não eram vistos desde 2017.
Do outro lado, as empresas Tim (TIMP3) e Vivo (VIVT4) também viram suas ações dispararem 6%, após o anúncio da parceria para comprar a unidade de internet móvel da concorrente. Apesar da resposta positiva, a oferta ainda não foi aceita pela Oi que afirmou ainda estar analisando outras propostas.
Opinião dos especialistas sobre negociação
A operação em conjunto da Tim (TIMP3), Claro e Vivo (VIVT4) chamou atenção de especialistas de instituições do exterior. Recentemente, os executivos do Credit Suisse (CSGN), Daniel Federle, Juan Alba e Felipe Cheng afirmaram que apesar da parceria, uma marca específica levará vantagem.
Segundo os profissionais, caso a Oi (OIBR4) venda sua unidade para estas empresas, a TIM (TIMP3) deverá possuir a maior porcentagem de participação, com 54% das ações. Enquanto a Vivo possuiria 24% e a Claro, a menor cota, com 22%.
Conforme o InfoMoney, esta movimentação em torno do plano de recuperação judicial gera otimismo para o futuro da Oi (OIBR4).
Além disso, na última semana, a empresa anunciou que estaria caminhando para a liquidação do seu saldo de dívidas, bem como estaria negociando a redução de 50% destes créditos junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).