A companhia aérea brasileira Azul (AZUL4) comunicou que finalizou as negociações para o ajuste de aluguéis com os locadores de aeronaves. A previsão é de que o acordo gere economia de 3,2 bilhões de reais ao caixa da empresa até o final de 2021.
De acordo com a empresa, a negociação corresponde mais de 98% dos contratos de locação e a projeção é de que ocorra o ajuste nos 2% restantes.
A estratégia adotada pela companhia faz parte do grupo de ações que a Azul (AZUL4) tem implementado, com o objetivo de reduzir o impacto da pandemia que afetou severamente o setor de aviação do país.
Entenda quais fatores envolvem o acordo firmado com os arrendadores
Recuperação após impactos da pandemia
Segundo o diretor financeiro da Azul (AZUL4), Alex Malfitani, os contratos de arrendamento de aeronaves correspondem cerca de 80% da dívida total da companhia aérea.
A negociação dos valores de aluguéis faz parte de um conjunto de medidas importantes para amenizar os impactos financeiros causados pela pandemia, afirmou o Alex.
Também, o executivo alegou que a flexibilização desses gastos reforçará o comprometimento com os parceiros de negócios, ajudando a empresa, em suas palavras, a sair mais forte da crise econômica.
A projeção é que o pagamento dos arrendamentos seja feito utilizando como base um cronograma, considerado pela companha cauteloso, voltado para a retomada da demanda de vôos.
Azul prevê redução de despesas
A Azul (AZUL4) estima que o ajuste promova uma diminuição de 77% dos valores de aluguel entre os meses de abril e dezembro. Este percentual equivale a 566 milhões de reais.
Quanto aos aluguéis mensais constituídos por valores inferiores, a companhia aérea informou que eles serão compensados a partir de 2023 ou parte desses arrendamentos serão estendidos por taxas de mercado,
É estimado que, com o acordo, os meses de março e dezembro apresente 3,4 bilhões de reais referente à redução das despesas de locação de aeronaves, com economia total de 12,5 bilhões de reais no final de 2020.
Desempenho no segundo trimestre
A companhia aérea fechou o segundo trimestre com 2,3 bilhões de reais em posição de liquidez, levando em consideração dados de caixa, obrigações futuras e investimentos de curto prazo.
- Posição de liquidez acima dos 2,2 bilhões de reais registrados no primeiro trimestre;
- Resultado acima dos de 2 bilhões de reais projetados pelos analistas;
- Previsão de queima de caixa: 3 milhões de reais por dia.
Segundo a Azul (AZUL4), apesar da forte posição de caixa que irá se estender até 2021, o objetivo é captar investimentos para ampliar o colchão de liquidez, já que o retorno da demanda aos níveis pré-coronavírus ainda não pode ser previsto.