A Bolt, concorrente europeu do gigante Uber (UBER), disse na quarta-feira (16) que arrecadou 150 milhões de euros (US$ 182 milhões) para aumentar a segurança de sua plataforma por meio de reconhecimento facial e inteligência artificial.
A empresa sediada na Estônia se recusou a divulgar sua avaliação, mas disse que era por volta de 1,7 bilhão de euros (US$ 2,1 bilhões) após a emissão de notas conversíveis de 100 milhões de euros em maio.
A última rodada de financiamento da Bolt foi liderada pelo D1 Capital Partners, o fundo de hedge administrado pelo bilionário americano Daniel Sundheim. O Darsana Capital Partners, outro fundo de hedge, também investiu.
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Empresa irá investir em recursos de segurança
A Bolt disse que usará o dinheiro para melhorar seus recursos de segurança e ajudá-la a expandir seus serviços de aluguel de bicicletas elétricas, scooters e entrega de comida. O aplicativo da empresa agora conta com mais de 50 milhões de usuários em mais de 40 países na Europa e na África.
Markus Villig, CEO da Bolt, disse em um comunicado que em 2021, estão dobrando investimentos para ser os líderes da indústria nos quesitos de segurança e qualidade da plataforma.
Villig ainda disse que estão planejando lançar soluções ainda mais inovadoras, como verificação facial do motorista e monitoramento automático de viagem, usando aprendizado de máquina para evitar possíveis incidentes e garantir o serviço da mais alta qualidade para seus clientes.
Os serviços de passageiros foram fortemente atingidos pela pandemia de coronavírus este ano, com o Uber (UBER) relatando dois trimestres consecutivos de queda na receita e perdas cumulativas de US$ 5,8 bilhões no ano até agora.
Bolt se manteve apesar de pandemia
A demanda por carona compartilhada caiu como um penhasco, pois os consumidores foram forçados a ficar em casa devido às medidas de bloqueio do governo. No entanto, o Uber (UBER) se beneficiou da crescente demanda por serviços de entrega de alimentos.
A Bolt, que é apoiada pela montadora alemã Daimler (DAI) e pela companhia chinesa Didi Chuxing, também viu sua receita cair à medida que as restrições ao coronavírus aumentaram em toda a Europa. Em março, as vendas da empresa despencaram 75% em relação ao mês anterior.
Mas Bolt afirma que teve um bom ano graças ao investimento em novas linhas de produtos, como scooters e entrega de comida. A empresa lançou um novo modelo de e-scooter no início deste mês e se comprometeu a investir 100 milhões de euros para lançar scooters em mais mercados.
“Apesar dos efeitos da pandemia do coronavírus, a Bolt teve um crescimento imenso no ano passado. Quase dobramos nosso número de clientes e lançamos nossos serviços de pedestres a micromobilidade e entrega de comida em 50 novas cidades”, declarou Villig.
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Traduzido e adaptado por equipe Folha Capital.
Fonte: CNBC.