Nesta quarta-feira (29), a Companhia Energética de São Paulo (CESP6) apresentou relatório de desempenho referente ao segundo trimestre de 2020. Os números indicaram lucro operacional líquido de R$138 milhões.
O balancete aponta recuperação frente ao déficit de R$4 milhões registrados entre abril e junho de 2019. A Cesp (CESP6) justificou que o avanço foi resultado conjunto dos cortes nos gastos e despesas com o aumento da receita.
A receita líquida teve alta de 32%, equivalendo a R$485,5 milhões. Segundo a empresa, este feito é consequência da sazonalização de contratos e das operações de compra e venda de energia feitas pela subsidiária CESP Comercializadora.
Confira a demonstração financeira recentemente divulgada pela companhia energética.
Redução de custos operacionais foi fator decisivo
De acordo com relatório da Cesp (CESP6), os custos operacionais foram reduzidos de R$268 milhões para R$188 milhões combinado à reversão de R$134 milhões dos proventos referentes a litígios.
Essa operação culminou no total de R$196 milhões em despesas no segundo trimestre, o que indica uma alta de 32% quando comparada ao mesmo período de 2019. Mas, ainda sim, é inferior ao obtido no primeiro trimestre.
O Ebitda (lucro ante juros, impostos, depreciação e amortização) saltou de R$193 milhões registrados no segundo trimestre 2019, para R$398 milhões no mesmo período em 2020. Também, a geração operacional de caixa da empresa teve aumento de 31%.
Esse avanço resultou em R$287,3 milhões a título de geração dos ativos operacionais. Os números foram atingidos, segundo a Cesp (CESP6), tanto pelo aumento da receita como pelo corte dos custos.
Aumento na demanda de energia
Foi registrado aumento de 2% da produção de energia elétrica nas usinas, que chegou a 966 megawatts. Segundo a empresa, está alta é justificada pela política das atividades entre o Operador Nacional do Sistema (ONS) e Sistema Interligado Nacional (SIN).
Corte no preço-alvo das ações da Cesp (CESP6)
O Credit Suisse anunciou redução no preço-alvo dos papéis preferenciais da companhia de R$35,69 para R$34,90. Apesar do corte, o banco manteve a recomendação da compra dos ativos como informou o Valor Investe.
De acordo com a analista da instituição, Carolina Carneiro, esta baixa ocorreu em razão da previsão de retração de 6,5% na economia brasileira, impulsionada pela crise do coronavírus. Segundo ela, isto afetará a demanda de energia que tem projeção de queda de 4,6%.