A companhia aérea alemã Lufthansa (LHA) promoveu corte de gastos como forma de redução dos prejuízos causados pela crise do coronavírus, que afetou significativamente o setor de aviação global.
Uma das medidas adotadas foi a proposta de acordo para interromper os aumentos salariais dos funcionários por tempo determinado, bem como diminuir a carga horária de trabalho.
Na última semana, a entidade representativa dos empregados da Lufthansa (LHA), UFO, comunicou que a maioria dos membros decidiram pela concordância do acordo.
Entenda quais têm sido os impactos da pandemia em uma das maiores companhias aéreas do mundo.
Demissões em uma das maiores companhias do mundo
Em decorrência da crise econômica, a Lufthansa (LHA) noticiou seus funcionários sobre a realização de demissões compulsórias.
A decisão foi tomada após a queda das operações no setor de aviação e demora do sindicato em deliberar sobre os acordos propostos pela empresa.
De acordo com a companhia, esses fatores levaram aos cortes na corporação que perdeu 1,7 bilhão de euros só no segundo trimestre deste ano.
O sindicato UFO aprovou a proposta de contenção de gastos apresentada pela empresa, no entanto, as negociações com o Verdi que representa cerca de 35 mil empregados, foram abandonadas, informou a Lufthansa (LHA).
Segundo a companhia aérea, os tratos sobre o corte de custos de pessoal só serão retomados quando a entidade oferecer condições econômicas que se adequem à atual situação financeira da empresa.
Desempenho da Lufthansa (LHA) durante a pandemia
A marca alemã divulgou desempenho trimestral referente aos meses entre abril e junho de 2020. Especialistas avaliam o relatório com prejuízo inferior ao projetado para o período.
- Prejuízo líquido de 1,7 bilhão de euros, ante ao lucro líquido de 226 milhões de euros, na compara anual;
- Receita: recuo de 80%, a 1,89 bilhão de euros
- Ebitda (Lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização): fechou negativo em 1,68 bilhão de euros
Empréstimo do governo alemão
A Lufthansa (LHA) recebeu empréstimo de 9 bilhões de euros do governo alemão para reduzir os danos financeiros sofridos durante a pandemia.
Segundo a companhia, espera-se que a demanda de voos retorne 50% do nível obtido em janeiro e fevereiro, até dezembro de 2020. Já para 2021, a expectativa é que as atividades retomem dois terços do patamar registrado no ano passado.