O Magazine Luiza apresentou crescimento nas vendas do segundo trimestre, conforme relatório financeiro divulgado. O desempenho foi motivado pelo avanço da marca no comércio online, compensando as perdas decorrentes do fechamento das lojas físicas.
No mês de março, período que marcou o início da quarentena no país, a Magalu suspendeu as atividades presenciais e passou a dar ênfase em suas operações no e-commerce, que já era uma área de atuação da marca.
A varejista reportou salto de 49% nas vendas entre os meses de abril e junho ante o segundo trimestre de 2019, chegando no valor de 8,6 bilhões de reais. Este resultado foi superior ao obtido pela concorrente Via Varejo, que registrou 7,26 bilhões de reais no mesmo período.
Confira o desempenho da empresa de varejo referente ao segundo trimestre.
Receita líquida da Magazine Luiza ultrapassa Via Varejo
A Magazine Luiza indicou avanço de 29% da receita líquida, para 5,57 bilhões de reais, operando acima do estimado pelos analistas que projetaram 5,02 bilhões de reais no setor.
Além do volume de vendas, a receita líquida da Magalu foi superior à demonstrada pela Via Varejo, que indicou receita de 5,02 bilhões de reais ante 6 bilhões de reais do segundo trimestre de 2019.
Lojas fechadas durante a pandemia destacam o e-commerce
Segundo a Magalu, a empresa sofreu perdas no lucro líquido devido ao fechamento das lojas físicas nos meses de março e abril.
Já em maio, com maior participação no e-commerce e a reabertura do comércio, a receita de empresa chegou perto de cobrir os custos fixos e variáveis (breakeven), informou a Magazine.
- Prejuízo líquido ajustado entre abril e junho: 62,2 milhões de reais, revertendo lucro líquido de 85,3 milhões no segundo trimestre do ano anterior;
- Lucro líquido (junho): 93 milhões de reais
- Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização): recuo de 61,3%, para 146,2 milhões de reais
- Fluxo de caixa: 2,2 bilhões de reais.
De acordo com o presidente da Magalu, Frederico Trajano, o resultado operacional medido pelo Ebitda foi positivo diante do atual cenário do país. Enquanto o prejuízo líquido ajustado foi inferior ao déficit de 126 milhões de reais previsto pelos especialistas do Bloomberg.
Comércio online correspondeu 78,5% das vendas totais
Conforme relatório da varejista, a marca cresceu em sua atuação no e-commerce. No segundo trimestre, o comércio online correspondeu 78,5% de suas vendas totais.
- Vendas totais no e-commerce: alta de 182%
- Venda no site da marca: crescimento de 171,5%
- Venda em marketplace: salto de 214,2%, com valor de 1,8 bilhão em vendas adicionais.
Com o avanço das vendas online, o movimento de estoque também cresceu chegando a menos de 60 dias no mês de junho que, segundo a empresa, foi o melhor índice já registrado.
O presidente afirmou que são estimados resultados positivos para os próximos dois trimestres de 2020. A previsão é que sejam contratadas aproximadamente 2,5 mil pessoas, principalmente para o setor de logística e atendimento.