A seguradora brasileira Sul América (SULA11) chegou perto de dobrar o seu lucro líquido no segundo trimestre na comparação anual.
Apesar da pandemia e seus efeitos, o resultado da empresa nas operações com a atuação de não controladores indicou 498,3 milhões de reais em lucratividade, avanço de 91% no comparativo com o mesmo período em 2019.
Já os lucros dos negócios continuados foram de 398,7 milhões de reais, salto de 83,4% ante a 5%, 4,79 bilhões de reais, registrado em janeiro a março deste ano.
Veja o desempenho da Sul América (SULA11) indicado em relatório trimestral
Dados do relatório financeiro de abril a junho
- Receita operacional: saltou 6,2%, contra a baixa nos segmentos de acidentes pessoais, previdência, vida e gestão de recursos;
- Resultado financeiro: queda de 39%, a 69,9 milhões de reais. Reflexo de perdas no portfólio de investimentos resultante da baixa do juros e papéis de renda variável;
- Resultado de sinistralidade: queda de 80,8% para 69,1%, perda de 11,7 pontos;
- Índice combinado: caiu de 98,6% para 89,1%;
- Índice ampliado: caiu de 99,2 % pra 87,6% na comparação trimestral;
- Seguro saúde: alta no 7,5% no número de segurados na comparação anual.
Reflexos da pandemia
Mesmo com o cenário de crise causada pelo coronavírus, a Sul América (SULA11) obteve resultados positivos no segundo trimestre, apontando perdas mais significativas no resultado de sinistralidade.
Segunda a empresa, o setor de sinistralidade foi o mais atingido devido à quarentena, que reduziu a procura por serviços como exames, cirurgias e consultas.
Negociações com o Grupo Allianz
Em julho, a seguradora alemã Grupo Allianz (ALV) adquiriu os seguros de automóveis e massificados da Sul América (SULA11) pelo o valor de 3,2 bilhões de reais.
Esta operação refletiu no bom desempenho dos negócios com participação das não controladoras reportadas no relatório financeiro da Sul América (SULA11).
De acordo com a seguradora brasileira, a transação vai gerar lucro líquido adicional de 1,4 bilhão de reais ainda este ano.
Recomendações no mercado
- Credit Suisse (CSGN) elevou o preço-alvo das units da Sul América (SULA11) de 39 reais a 47 reais, prosseguindo na recomendação em venda dos ativos.
- BTG Pactual (BPAC11), substituiu as ações da Sul América (SULA11) pelos papéis da OI (OIBR3;OIBR4) nas aplicações recomendadas para este mês.