Na última quinta-feira (6), as ações ordinárias da Cielo (CIEL3) registraram um dos ganhos destaques do Ibovespa (IBOV), encerrando o pregão com valorização de 10,67%, a 5,60 reais cada papel.
O avanço da Cielo na Bolsa de valores aconteceu após o pronunciamento de Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil (BBAS3), sobre negociações com o Bradesco (BBDC4) envolvendo a marca de serviços financeiros.
As duas instituições bancárias são controladoras da Cielo (CIEL3) e levantaram a possibilidade de divisão de ativos do setor.
Entenda o que está por trás da forte alta das ações Cielo (CIEL3).
Banco do Brasil visa captação de investimentos
Conforme afirmou um operador ao Valor Investe, a operação de venda dos ativos do setor de cartões seria uma boa forma de captação de investimentos.
Já para a Cielo (CIEL3), atual líder do ramo de pagamentos no país, a transação significaria a expansão de solidez e eficiência no mercado brasileiro. A marca no segundo trimestre teve prejuízo milionário.
Segundo o CEO do Banco do Brasil (BBAS3), Rubem Novaes, o acordo só será firmado caso seja interessante para as partes envolvidas.
A medida é “Destrinchar” os serviços de cartões
Durante uma videoconferência, Novaes comunicou a contratação de uma consultoria com o objetivo de “destrinchar” os serviços de cartões do Banco do Brasil (BBAS3).
“Não vou poder adiantar detalhes. No mundo Elopar e Cielo existe muita coisa, muitos negócios. Em alguns, o Bradesco tem mais interesse que nós…”, afirmou o executivo.
Diante deste pronunciamento, especula-se que o BB (BBAS3) venda sua participação na Cielo (CIEL3) para o Bradesco (BBDC4), tornando esta instituição a única controladora da empresa de pagamento.
Opinião dos especialistas
Especialistas da Morgan Stanley (MSBR34) acreditam que apesar da valorização dos ativos da Cielo (CIEL3), a transação entre os bancos e a empresa pode oferecer riscos à lucratividade da marca que obteve rombo milionário, no segundo trimestre deste ano.