De acordo com o Cointrader Monitor, as plataformas de operações de criptomoedas negociaram 351 mil Bitcoins no país durante 2020. Este volume resultou numa queda de 4,91% quando comparado ao nível de negociação de 2019.
Apesar da baixa nas negociações das plataformas de moedas digitais, o criptoativo ultrapassou a marca de US$ 35 mil no começo de janeiro deste ano. Com isso, o Bitcoin segue o ritmo de valorização iniciado nos últimos meses.
O último recorde de preço foi em 2017, quando a moeda rondou os R$ 20 mil. Esse movimento foi motivado pela procura de novos investidores e pela popularização do investimento. Sem contar, que o ano de crise levou o público a buscar aplicações alternativas.
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Bitcoin movimenta mais de R$ 50 bilhões
O Bitcoin não fez grandes números apenas no exterior. Apesar da queda nas negociações no Brasil, o ativo alcançou o preço de R$ 151,9 mil no final de dezembro. Enquanto o volume movimentado chegou a R$ 53,3 bilhões em 2020, contra R$ 11 bilhões em 2019.
A soma do valor do Bitcoin mostra o avanço do investimento, já que em janeiro do ano passado o preço ainda se limitava em R$ 29,2 mil. Neste comparativo é possível notar uma valorização de 420% em um ano.
Ainda, o mês de maio marcou o melhor período de movimentação da moeda no ano passado, com 43.244 Bitcoins. Enquanto o mês de fevereiro foi de baixa temporada tanto em 2019 como no ano passado.
Plataforma negocia quase 76 mil Bitcoins
Conforme levantamento da Cointrader Monitor, que levou em 36 empresas que negociam criptomoedas no país. A exchange MercadoBitcoin foi a plataforma que mais negociou Bitcoin no país, com 75.558 moedas transacionadas.
Esse montante representa 21,5% do mercado brasileiro de criptoativos. Mas, quando comparada a 2019, a exchange recuou já que naquele período ela representou 31,4% do volume negociado no país.
Entenda como funciona o Bitcoin
- Investimento de renda variável;
- É ativo similar a outras moedas como Euro, Dólar e Real;
- Circulam em ambiente digital;
- É a criptomoeda mais popular seguida por outros modelos como Ripple, Litecoin e Etherum;
- A compra depende de uma conta vinculada a uma corretora especializada;
Volatilidade da moeda digital
A volatilidade do Bitcoin é justificada pela ausência de regulamentação dos bancos centrais somada à busca por um valor justo no mercado. As negociações são vinculadas ao sistema blockchain, tecnologia que permite o rastreamento e informação das operações dos criptoativos.
Outros fatores que impulsionam a oscilação da moeda é a falta de uma referência de preço para o Bitcoin se basear. Logo, ele segue uma linha independente no mercado.
Riscos do investimento
- Alta volatilidade;
- Segurança do investimento.
Por se tratar de um ativo sem regulamentação dos bancos centrais, o investimento também não possui uma supervisão maior quanto à segurança da criptomoeda. Logo, o risco é tecnológico.
Além disso, o Bitcoin é um investimento de renda variável, por tanto, sofre volatilidade que pode resultar inclusive na perda de recursos. O que também acontece com outros ativos com exposição ao risco.
Os analistas aconselham que o investidor tenha um fundo de emergência em ativos de renda fixa, que ofereçam liquidez diária. Essa medida serve como proteção às aplicações em caso de imprevistos.
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