Não é novidade que a maioria dos investidores brasileiros são adeptos da compra de títulos públicos. Isto porque estes ativos oferecem menos risco e maior certeza de liquidez, ainda que a longo prazo.
De acordo com dados divulgados recentemente, o país é um dos maiores credores de títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Para os especialistas, o Brasil tem enxergado outras oportunidades de investimentos.
A verdade é que aplicar seu capital em papéis americanos é uma boa forma de aumentar a diversificação da cesta de investimentos. Além de possibilitar um rendimento maior que o dos títulos nacionais.
Brasil é um dos países com o maior número de títulos do Tesouro dos EUA. Conheça os motivos pelo os papéis americanos se tornaram queridinhos entre os investidores brasileiros.
Um dos maiores credores dos Estados Unidos
Muitos investidores têm empregado o seu capital em ativos americanos. Prova disso é o ranking global que aponta quais economias mais vêm comprando títulos públicos dos Estados Unidos. Atualmente, o Japão é o líder da lista com 1,272 trilhão de dólares investidos nos papéis americanos.
Logo após, está a China com 1,082 trilhão do seu capital aplicado em ativos dos EUA. Em terceiro e quarto lugar estão Reino Unido e Irlanda, respectivamente. O primeiro com 395,3 bilhões de dólares e o segundo com 271,5 bilhões.
O quinto lugar se destacou foi o Brasil que com o passar dos anos voltou o seus olhos para os títulos do Tesouro norte-americano. Conforme dados do InfoMoney,os brasileiros investiram cerca de 264,4 bilhões de dólares nesses ativos internacionais.
O nosso país, junto com os outros quatro citados, se tornou um dos maiores credores da economia dos Estado Unidos. E a tendência é a ampliação maior deste mercado com o aumento do déficit estadunidense.
Com os gastos que foram necessários para o combate ao novo vírus, a dívida deste país chegará a 3,7 trilhões de dólares ainda neste ano. O que nos leva a concluir que a comercialização dos papéis do Tesouro irão continuar em alta para os próximos anos.
Este setor de ativos está com saldo de 25,7 trilhões, sendo pelo menos 7 trilhões deste montante pertencente ao público de investidores do exterior, como o brasileiro. Consoante a isso, foi divulgado que o nosso país é o maior detentor de papéis americanos da América Latina.
Este fator nos torna o maior credor dos EUA dos países latino-americanos, ultrapassando o Chile e o México que possuem 30 bilhões e 50 bilhões, respectivamente. Ou seja, nota-se que a procura desse ativo pelos investidores mexicanos e chilenos é menor.
Relação com o dólar
Os investimentos em moeda americana se tornou uma boa alternativa para momentos de emergência. O mundo no geral percebeu a importância de ter um orçamento extra para evitar maiores prejuízos em tempos de crise.
Pelo fato dos Estados Unidos ser um país de economia sólida, se apresenta como uma espécie de porto seguro para os investidores do mercado financeiro. Prova disso é que o Brasil passou a expandir as compras em títulos americanos.
Segundos os especialistas, o fato do Banco Central do nosso país ter comprado cerca de 300 bilhões de dólares em papéis norte-americanos foi uma atitude pensada, tendo em vista que a pandemia pegou todos de surpresa e este fator auxiliou nos impactos.
Apesar da nossa economia está significativamente comprometida, profissionais descartam uma possível quebra no setor, pois a reserva brasileira em moeda americana ultrapassa os 300 bilhões.
Essa crescente na procura do país pelo exterior justifica uma limitação na cotação do dólar. Para os economistas, o Banco Central utiliza esse “estoque” de reservas de ativos dos EUA como uma forma de equilibrar o mercado e oferecer a liquidez ideal.
Se não fosse esse jogo de cintura da instituição, a cotação da moeda americana poderia ser ainda maior, ultrapassando os 6 reais. Enfim, por esta razão os títulos de grandes economias como Reino Unido e o próprio Estados Unidos são ativos seguros pois são avaliados com pontuação máxima de adimplência no mercado.