Na última semana, o governo confirmou André Guilherme Brandão como sucessor de Rubem Novaes na presidência do Banco do Brasil (BBAS3), segundo fato relevante (termo usado no mercado de ações) divulgado pela instituição bancária.
No comunicado, a instituição informou que o executivo foi indicado pelo governo federal para ocupar a posição de CEO do BB (BBAS3). Também, os trâmites para a nomeação de André Brandão começarão depois do pronunciamento oficial do Ministério da Economia.
O executivo já passou pelo Citibank (CTGP34), onde atuou por mais de 10 anos, e pelo HSBC Global Market (HSBA) Americas, onde ocupou cargo de chefia desde 2003.
Saiba mais informações sobre a indicação de André Brandão e confira a opinião de especialistas do mercado.
Substituição de Rubem Novaes
O nome de André Brandão, junto com o de outros executivos, começou a ser avaliado pelo governo após o anúncio do pedido de demissão de Rubem Novaes, que comunicou sua saída do Banco do Brasil (BBAS3) no dia 24 de julho.
Em sua carta de demissão, o até então presidente da insituição, afirmou que o Banco do Brasil (BBAS3) precisa ser gerenciado por um executivo que esteja apto para as inovações que estão acontecendo no setor bancário do país.
Neste ínterim, o nome de algumas personalidades estavam sob análise do governo para serem indicados como CEO do BB (BBAS3). A saída de Novaes está prevista para acontecer até o final do mês de agosto.
Análise dos especialistas do mercado
Segundo os analistas do Itaú BBA (ITUB4), a nomeação de André Brandão pode ser vista como uma vitória para o governo, já que o profissional possui um perfil técnico importante para o posto.
O executivo possui experiência com mercados globais, o que vem a ser um ponto positivo para sua atuação no Banco do Brasil (BBAS3), afirmam os especialistas.
De acordo com a instituição, a gestão de Brandão poderá favorecer a transformação do Banco do Brasil (BBAS3) para a modernização do sistema bancário bem como promover a venda de ativos considerados como não essenciais, a fim de fomentar a capitalização.
Conforme relatório do Itaú BBA( ITUB4), os desafios do novo presidente do BB (BBAS3) serão a inovação, regulamentação e concorrência neste mercado.
Por outro lado, os analistas da XP Investimentos (NASDAQ: XP) apontaram que Brandão não é tão experiente no setor de varejo e que o conhecimento da área é essencial para a atuação do Banco do Brasil (BBAS3).
Em meio às opiniões dos profissionais, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, pressionado pelo público sobre a oficialização do novo presidente da instituição, afirmou que o processo para nomeação demoraria alguns dias.
O pronunciamento se referiu ao fato de que Brandão precisava se desvincular de algumas atribuições no seu antigo cargo no HSBC (HSBA), para dar continuidade aos trâmites no BB (BBAS3).