A poupança bateu recorde de captação líquida no mês de julho. De acordo com dados do Banco Central, um dos investimentos mais queridos do Brasil chegou à marca de 271 bilhões de dólares.
Este valor é composto por 292 bilhões em depósitos e 265,2 bilhões em retiradas, resultando no maior valor da história do BC.
Além disso, a caderneta da poupança apresenta seu quinto mês seguido com saldo líquido positivo. Este desempenho é reflexo dos incentivos fiscais realizados pelo governo para reduzir os impactos do coronavírus.
Acompanhe também como ficará esse investimento com o corte da Taxa Selic.
Auxílio Emergencial impulsiona captação
O benefício financeiro de suporte aos trabalhadores informais, Auxílio Emergencial, impulsionou a captação líquida da poupança no mês de julho.
Isto foi consequência da grande fatia dos valores do incentivo do governo voltado para a caderneta da poupança.
- Montante acumulado no ano: 111,6 bilhões de reais, recorde de captação em seis meses.
Apesar da poupança ser um investimento com baixa rentabilidade, os brasileiros escolhem esta opção como forma de “guardar dinheiro embaixo do colchão” servindo como fundo de emergência.
Rentabilidade da poupança
A poupança é um investimento que mostra rentabilidade conforme o desempenho da Taxa Selic.
Logo, com o nono corte da taxa básica de juros para 2%, o rendimento da caderneta será ainda mais comedido nos próximos meses.
- Rendimento atual: 0,12 ao mês e 1,4% ao ano, conforme dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac)
- Rendimento em julho: 0,13% ao mês
- Rendimento acumulado no ano: 1,51%
As alterações nas regras da caderneta, promovidas em 2012, preveem que a correção anual da poupança será limitada a 70% dos juros básicos somadas à TR (Taxa Referencial), quando a Taxa Selic estiver em piso inferior a 8,5%.
Quanto aos depósitos na poupança anteriores ao ano de 2012, o rendimento permanece em 0,50% ao mês ou 6,17% a.a.
Com isso, a caderneta da poupança irá apresentar rentabilidade inferior ao medidor da inflação, IPCA, que foi estimado em 2,97 para os próximos 12 meses, conforme o Banco Central.
